Ibaneis Rocha (MDB), que é candidato à reeleição também foi chamado para encontro. Ex-ministra Damares Alves (Republicanos) e deputada federal Flávia Arruda (PL), possíveis candidatas ao senado, participaram da conversa
O ex-governador do Distrito Federal José Roberto Arruda (PL) se reuniu com o presidente Jair Bolsonaro (PL), no Palácio do Planalto, durante a tarde desta terça-feira (19) e anunciou sua candidatura a deputado federal nas eleições de outubro. Arruda, até então, era tido como candidato ao governo de Brasília.
O atual governador do DF, Ibaneis Rocha (MDB), que ao lançar a pré-candidatura à reeleição disse que queria ter Bolsonaro no palanque, também foi chamado, depois da chegada de Arruda.
Ao chegar, Arruda disse que sua candidatura “dependeria da conversa com o presidente”. Na saída, para surpresa de quem apostava que o político tentaria voltar ao Palácio do Buriti, informou que vai disputar uma vaga à Câmara dos Deputados.
“Como eu estou voltando para a vida pública, eu venho com muita humildade e vou disputar, se for possível, uma cadeira na Câmara federal”, disse Arruda.
Vaga ao Senado
O encontro no Palácio do Planalto ocorreu depois de o governador Ibaneis ter anunciado, na noite da quarta-feira (13), a chapa majoritária para a reeleição composta pela deputada federal Celina Leão (PP) como vice-governadora e a ex-ministra da Mulher, Família e Direitos Humanos Damares Alves (Republicanos) para o Senado Federal.
Damares também foi chamada para a conversa no Palácio do Planalto. Assim como a deputada federal Flávia Arruda (PL-DF), que foi ministra da Secretaria de Governo de Bolsonaro por um ano, e é pré-candidata ao Senado Federal pelo DF.
Até Ibaneis Rocha anunciar a chapa com Damares, Flávia era apontada como o nome a ser levado aos palanques com o atual governador de Brasília. Ao final da reunião desta terça, Ibaneis, Flávia Arruda e José Roberto Arruda disseram que Damares retirou a candidatura ao Senado. A própria Damares não quis falar.
Ibaneis também não apoia a candidata do partido dele, Simone Tebet (MDB) à presidência. Ao lançar a pré-candidatura, ele afirmou: “Consolidamos, aqui, no Distrito Federal um belíssimo palanque para o nosso presidente Jair Messias Bolsonaro”.
Direitos políticos de Arruda
No Palácio do Planalto, nesta terça (19), Arruda também comentou a medida liminar (decisão provisória) concedida pelo presidente do Superior Tribunal de Justiça (STJ), Humberto Martins, que restabeleceu os direitos políticos do ex-governador e, com isso, permitiu que ele se candidate nas próximas eleições.
“Esperava que sim [ser elegível nestas eleições]. Acho que depois de tantos anos de dificuldade, eu fico muito feliz de poder voltar à vida pública”, disse Arruda.
Eleições no DF
O Distrito Federal tem 10 pré-candidatos a governador nas eleições de 2022. Além de Ibaneis Rocha (MDB), que concorre à reeleição, Robson da Silva (PSTU), Izalci Lucas (PSDB), Leandro Grass (PV), Lucas Salles (DC), Keka Bagno (PSOL), Leila Barros (PDT) , Rafael Parente (PSB), José Antônio Reguffe (União Brasil) e Winston Lima (PRTB) querem o voto do morador de Brasília para ocupar o Palácio do Buriti.
Em 13 de dezembro, a diretora do Sindicato dos Professores do Distrito Federal (Sinpro), Rosilene Côrrea, foi anunciada pelo PT como pré-candidata ao GDF. No entanto, em 31 de março, o diretório nacional do partido emitiu uma nota em que retirou Rosilene da disputa. Em 4 de junho, o PT declarou apoio a Leandro Grass.
Em 20 de dezembro de 2021, o PC do B anunciou João Vicente Goulart como pré-candidato ao GDF. No entanto, em 6 de junho, a sigla, após se unir à federação com o PT e o PV, declarou apoio à Leandro Grass.
Calendário para as eleições 2022
O período para a realização das convenções, pelos partidos, para decidir quem será candidato, começa em 20 de julho, segundo determinação da Justiça Eleitoral. O prazo para fazer o pedido de registro da candidatura vai até 15 de agosto.
O primeiro turno das eleições está marcado para 2 de outubro. Segundo o Tribunal Superior Eleitoral (TSE), se houver segundo turno para presidente e/ou governador, a votação será em 30 de outubro.
“As datas correspondem ao primeiro e último domingo do mês, conforme prevê a Constituição Federal”, aponta o TSE.
Presidente e governadores eleitos tomam posse em 1º de janeiro de 2023.
Fonte: G1