Oficinas da Turma da Mônica vão até 31 de julho, no Brasília Shopping. Vagas são limitadas; agendamento deve ser feito presencialmente
Um oficina interativa da Turma da Mônica, no Brasília Shopping, convida crianças autistas para que descubram o mundo dos quadrinhos e ainda criem seus próprios gibis. A atividade gratuita é indicada para meninos e meninas de 4 a 12 anos.
Além da diversão, o trabalho propõe uma reflexão sobre diversidade e representatividade, por meio dos personagens com deficiência da Turma da Mônica. A equipe de monitores passou por uma capacitação conduzida por Carol Steinkopf, musicoterapeuta comportamental, especialista em autismo e fundadora do projeto Uma Sinfonia Diferente.
“Uma equipe bem treinada irá de fato incluir a criança com autismo nas brincadeiras e atividades propostas. Hoje em dia vemos espaços separados para crianças com autismo ou outras deficiências, mas lutamos pela inclusão, ou seja, para que elas participem da mesma brincadeira que as outras crianças”, diz a especialista.
As oficinas vão até 31 de julho, de domingo a sexta-feira, das 12h às 20h e, aos sábados, das 10h às 22h. A participação é feita por agendamento, realizado presencialmente no Balcão de Informações do shopping, por ordem de chegada. As vagas são limitadas.
Apesar de a atividade ser gratuita, o público pode realizar um PIX Solidário de qualquer valor. As doações serão destinadas ao Instituto Vida Positiva, que atua na defesa e garantia dos direitos de pessoas que vivem com HIV.
Sinais do autismo
O Transtorno do Espectro Autista (TEA) é caracterizado por dificuldades de comunicação e interação social e pela presença de comportamentos e ou interesses repetitivos ou restritos, conforme o Manual de Orientação Transtorno do Espectro do Autismo, elaborado pela Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP). Essa condição é permanente e não tem cura, mas a estimulação precoce pode contribuir para alterar o prognóstico e suavizar os sintomas.
A SBP relata que os sinais do Transtorno do Espectro Autista podem surgir logo depois do nascimento, mas se tornam mais consistentes entre 12 e 24 meses de idade. Porém, o diagnóstico ocorre, em média, somente entre os 4 e 5 anos de idade.
O diagnóstico tardio preocupa os especialistas, pois eles avaliam que a intervenção precoce possibilita melhoras significativas no funcionamento cognitivo e adaptativo da criança. Nesse sentido, é importante a identificação de marcadores já no primeiro ano de vida do bebê. Os sinais de alerta são:
6 meses
- Poucas expressões faciais
- Baixo contato ocular
- Ausência de sorriso social
- Pouco engajamento sociocomunicativo
9 meses
- Não balbucia “mamã” e “papa”
- Não olha quando é chamado
- Não olha para onde o adulto aponta
- Imitação pouca ou ausente
12 meses
- Ausência de balbucios
- Não apresenta gestos convencionais (abanar para dar tchau, por exemplo)
- Não fala “mamãe” e “papai”
- Ausência de atenção compartilhada
Fonte: Sociedade Brasileira de Pediatria