Obra da Sala Martins Pena está na fase de demolição

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Foto: Paulo H. Carvalho/Agência Brasília

Reforma tem investimento de R$ 49,7 milhões e vai gerar cerca de 350 empregos até a conclusão dos trabalhos

Prestes a completar três meses de obra, a Sala Martins Pena segue sob os cuidados da Novacap para a restauração do espaço. Com investimento de mais de R$ 49,7 milhões, a reforma vai gerar cerca de 350 empregos até a conclusão dos trabalhos.

A obra está na fase de demolição das estruturas da Sala Martins Pena para posterior início do trabalho de restauração – Foto: Paulo H. Carvalho/Agência Brasília

Iniciada em 2 de janeiro, a obra está na fase de demolição das estruturas para posterior início do trabalho de restauração. O serviço será feito em cinco etapas, a começar pela Sala Martins Pena, a ser reaberta aos espetáculos assim que estiver em condições de uso. A capacidade da sala, inclusive, será ampliada de 407 para 497 espectadores.

Cada uma das poltronas da Martins Pena e o simbólico carpete verde foram retirados. Os corredores de acesso à sala de espetáculos também já estão sendo restaurados. Por fim, o foyer do teatro é o outro local que já passa por intervenção: todo o forro foi removido para substituição por um mais moderno.

Martins Pena em restauração: todas as poltronas e o simbólico carpete verde foram retirados – Foto: Paulo H. Carvalho/Agência Brasília

“Aqui temos um equipamento de mais de 60 anos, uma espécie de ‘cápsula do tempo’ da época em que Brasília foi inaugurada. É uma restauração que está sendo feita com todo carinho, trazendo a modernidade”, destaca o secretário de Cultura e Economia Criativa, Bartolomeu Rodrigues.

Os serviços realizados pela empresa Porto Belo Engenharia incluem a reforma das instalações, sobretudo elétrica e climatização, recuperação estrutural, restauração de pisos e revestimentos acústico, esquadrias e de imobiliários, além de atualização tecnológica e de segurança das estruturas e dos mecanismos cênicos, respeitando os requisitos de acessibilidade.

Após a conclusão da primeira etapa da obra, com as intervenções na Martins Pena, a próxima fase terá como foco outro espaço bem conhecido pelos espectadores: a Sala Villa-Lobos. Além dela, a Sala Alberto Nepomuceno e o Espaço Dercy Gonçalves – uma área de convivência – serão restaurados neste segundo momento.

Foto: Paulo H. Carvalho/Agência Brasília

Interdição

O Teatro Nacional foi interditado há dez anos, na esteira da repercussão do incêndio da boate Kiss, em Santa Maria (RS), quando o Corpo de Bombeiros do DF elaborou mais de 130 exigências para que o espaço pudesse ser reaberto. Por esses e outros fatores, a obra tem todo um cuidado especial com a segurança e a acessibilidade.

“Uma das principais razões do teatro ter sido interditado foi a falta de acessibilidade e também de uma saída para que o público possa se retirar numa situação de emergência. Agora, teremos todos os requisitos que a legislação exige”, pontuou Bartolomeu Rodrigues.

O Teatro Nacional Claudio Santoro ganhará novas rotas de fuga e duas saídas de emergência, que serão construídas a partir da Martins Pena. Trata-se de túneis com 42,8 metros de comprimento que ligarão a sala até o estacionamento em frente à entrada principal.

“O teatro foi interditado em 2013 ,e aqui tinha mais de 100 irregularidades em relação a incêndio e acessibilidade. Nesta reforma, estamos resolvendo todos os problemas relacionados ao risco de incêndio, estamos criando rotas de fuga e mitigando todos os riscos das instalações elétricas, do ar-condicionado e adequando o espaço às normas vigentes”, detalha o diretor de edificações da Novacap, Rubens Oliveira.

Em relação à acessibilidade, o diretor da Novacap relata que todas as adequações necessárias para dar mobilidade às pessoas com dificuldades de locomoção estão sendo feitas.

Foto: Paulo H. Carvalho/Agência Brasília

“Estamos substituindo as escadas por rampas, pois nem todos tinham acesso. As estruturas estão fora das normas atuais, e estamos adequando isso também, construindo e adaptando todos os espaços para atender todos os públicos. As cadeiras terão um espaçamento maior entre elas, e tem poltronas específicas para pessoas obesas”, explica Rubens Oliveira.

Preservação

Durante a reforma, todos os painéis e obras do artista Athos Bulcão estão sendo preservados e cobertos para evitar danos. Além disso, todos os detalhes que possam afetar de alguma maneira a originalidade do espaço precisam ser submetidos ao Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) para aprovação e posterior substituição. O Teatro Nacional foi construído na década de 1960 e é um bem tombado pelo instituto.

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