Dayane Barbosa da Silva estava no final da gestação e sentia dores. Família reclama da demora no atendimento e diz que vítima passou por sete médicos; Secretaria de Saúde não se manifestou
A Polícia Civil investiga a morte de uma mulher grávida no Hospital Regional do Paranoá (HRP), no Distrito Federal. De acordo com o marido da vítima, a morte dela e do bebê após o parto foi causada pela negligência durante o atendimento.
Adriano Rodrigues da Silva, de 30 anos, contou que a esposa deu entrada no hospital na manhã de sexta-feira (25). Segundo o homem, Dayane Barbosa da Silva, de 31 anos, estava na fase final da gestação e sentia dores. A reportagem aguarda resposta da Secretaria de Saúde.
No entanto, a mulher foi orientada a voltar no dia seguinte, para realização de exames. De acordo com o marido, a análise feita no sábado (26) constatou que “havia muito líquido na barriga da criança e estava extremamente inchada”.
Por causa do quadro, a mulher foi internada, mas os médicos decidiram induzi-la, com medicação, ao parto normal, apesar do diagnóstico anterior. Porém, o procedimento não teve sucesso e apenas por volta das 19h de domingo, quando Dayane já apresentava fortes dores no abdômen e passou a convulsionar, os médicos decidiram dar início à cesárea, segundo Adriano.
Segundo a investigação da Polícia Civil, a cesárea “produziu forte sangramento – contínuo e não intermitente – provocando a morte de Dayane”. Ao todo, ela passou por sete médicos antes de morrer. A criança também não resistiu.
Adriano disse que, se a cesárea tivesse sido feita mais cedo, ela poderia ainda estar viva. “Os dois estariam vivos, mas, infelizmente, eu não estou com nenhum dos dois”, afirmou.
Fonte: G1