Em um posto de Ceilândia, reportagem encontrou preço do litro comum a R$ 8,05, para venda no crédito. Aumento de 5,18% se traduz, em média, em alta de R$ 0,20 nas bombas
Com o reajuste no preço da gasolina nas refinarias da Petrobras, que entrou em vigor no último sábado (18), o valor do litro já passa de R$ 8 em alguns postos da capital. Nesta segunda-feira (20), em Ceilândia, a reportagem encontrou o combustível comum sendo vendido a R$ 8,05 para pagamento em crédito.
No mesmo estabelecimento, o valor para pagamento em dinheiro ou débito era de R$ 7,89. Já em um posto de Taguatinga, o litro da gasolina aditivada custava R$ 8,05. Em média, os valores encontrados pela reportagem ficavam entre R$ 7,89 e R$ 7,99.
O aumento anunciado pela Petrobras foi de 5,18% para a gasolina, o que se traduz, em média, em alta de R$ 0,20 nas bombas. O diesel também sofreu reajuste, ainda maior, de 14,26% por litro. Na prática, o combustível fica cerca de R$ 0,70 mais caro para o consumidor.
Segundo a Petrobras, são principalmente os fatores externos que levaram à necessidade de aumento, como a guerra na Ucrânia. O preço da gasolina foi reajustado pela primeira vez em 99 dias, já o do diesel, em 39 dias.
Nesta segunda, em meio às críticas ao reajuste, o presidente da estatal, José Mauro Coelho, pediu demissão do cargo. O posto vai ser ocupado interinamente pelo diretor-executivo de Exploração e Produção da empresa, Fernando Borges.
O presidente do Sindicato do Comércio Varejista de Combustíveis e Lubrificantes do DF (Sindicombustíveis-DF), Paulo Tavares, afirma que os altos valores afastam os consumidores dos postos, e a troca do veículo próprio pelo transporte público.
“Os preços nas bombas têm se elevado constantemente, e isso tem afugentado os clientes. O volume de vendas está 30% menor, comparando com esse mesmo período do ano passado”, diz.
Fonte: G1