Confusão entre educador e adolescente de 16 anos ocorreu na sexta-feira (12), no CEF 8 de Taguatinga. Caso é investigado pela Polícia Civil
Uma confusão entre uma estudante e o diretor do Centro de Ensino Fundamental (CEF) 8 de Taguatinga, no Distrito Federal, virou caso de polícia. A adolescente de 16 anos alega ter sido agredida pelo educador e sofreu um corte no braço. Ele nega as acusações e diz que o ferimento foi causado pela própria jovem.
A confusão ocorreu na sexta-feira (12) e é investigada pela 12ª Delegacia de Polícia, em Taguatinga. A adolescente, que estudava em uma escola particular e foi transferida para o CEF 8 há quatro meses, afirma que tem medo de ir à escola após o caso.
Já a direção da unidade afirma que a alegação da família da estudante não procede. E que a aluna tem histórico recorrente de desrespeito dentro do colégio.
Em entrevista, a mãe da adolescente, a empresária Mariana Bahouth afirma que a filha comprou um picolé durante o intervalo das aulas. Quando o sinal para retorno das atividades tocou, a jovem ainda não tinha terminado de chupar o picolé e, segundo a mãe, pediu à professora para ficar do lado de fora da sala enquanto concluía.
A mãe afirma que a professora aceitou mas, em seguida, o diretor da escola chegou ao local e ordenou que a estudante entrasse na sala. Ainda segundo a família, a adolescente então disse que ligaria para a irmã mas, em seguida, o diretor tentou tirar o celular dela.
“Nessa situação, ele foi lá e tentou tomar o telefone da mão dela, a ponto de machucar o braço dela”, diz Mariana Bahouth.
“Se hoje em dia nem dentro de casa a gente pode bater em um filho, imagina na escola, um educador vir a pegar na mão da minha filha e deixar marcas”, continua.
Versão do diretor
Após a confusão, o Batalhão Escolar da PM foi acionado e levou os envolvidos à 12ª DP. Em depoimento, o diretor disse que abordou a estudante para que ela jogasse o picolé fora e entrasse em sala. O educador afirma que ela “não atendeu ao comando e o desrespeitou, o tratando com deboche”.
Ainda de acordo com o diretor, a jovem insistiu em usar o celular, mesmo após ser informada que não era permitido. No depoimento, ele afirmou que pediu para que ela deixasse o aparelho em cima de uma mesa, para a qual apontou “de forma enérgica”.
“Nesse momento, [a adolescente] puxou bruscamente o aparelho, vindo a bater a mão na referida mesa, o que causou uma lesão na mão direita”, afirmou à polícia.
Fonte: G1