Ex-militar da FAB acusado de matar colega com tiro na cabeça é condenado por homicídio

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Militar Kauan Jesus da Cunha Duarte foi morto com tiro na cabeça no prédio do Ministério da Defesa, em Brasília — Foto: Reprodução

Felipe de Carvalho Sales deve cumprir seis anos de prisão em regime semiaberto. Crime ocorreu em novembro de 2022 dentro do Ministério da Defesa

O ex-soldado da Força Aérea Brasileira (FAB) Felipe de Carvalho Sales foi condenado a seis anos de prisão em regime semiaberto, por homicídio com dolo eventual. Em novembro de 2022, ele matou um colega com um tiro na cabeça, dentro do Ministério da Defesa (relembre mais abaixo).

O julgamento ocorreu na Justiça Militar da União, em Brasília, na tarde desta terça-feira (22). A vítima era Kauan Jesus da Cunha Duarte Lima, na época com 19 anos.

O advogado da família de Kauan, Walisson dos Reis, afirmou que a condenação já era esperada, mas que os familiares do jovem entraram com uma ação cível contra a FAB.

“A gente entende que a Força Aérea é responsável por tudo que aconteceu. […] O pai dele [Kauan] entregou ele vivo para o quartel. Devolveram o filho dele morto, dentro de um caixão, e falaram pra ele que ele não tem direito a nada, que procure a Justiça”, disse.

Segundo Walisson, o pai de Kauan, Wilson Ferreira Duarte, de 53 anos, dependia do filho e, por isso, teria direito a uma pensão. Além disso, a defesa relata que não houve ajuda de custo com o sepultamento de Kauan.

Wilson, pai da vítima, diz que o sentimento é de “indignação”.

“Infelizmente o meu filho perdeu a vida, perdeu uma carreira promissora também. […] Deixo a minha indignação para que isso não venha acontecer de novo”, disse o pai do militar assassinado.

‘Brincadeira’

Segundo relatos, no dia do crime, Kauan Jesus da Cunha Duarte estava no alojamento da guarda, que fica em um prédio anexo ao Ministério da Defesa, em Brasília.

O caso foi registrado na Polícia Civil do Distrito Federal como homicídio. No entanto, é conduzido pela Polícia Judiciária Militar, já que o acusado era membro da Força Aérea.

Segundo o relatório do auto de prisão em flagrante, colegas informaram que “era comum” Felipe de Carvalho Sales apontar a arma para a cabeça de outros soldados.

De acordo com o advogado da família da vítima, Walisson dos Reis, na época, Felipe contou a outros militares que “tudo não passou de uma brincadeira”.

Fonte: G1

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