Chacina no DF: corpos carbonizados em carro encontrado em Unaí são de mãe e filha

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Foto: Divulgação/Polícia Militar

O IML de Belo Horizonte informou que os corpos são de Renata Luciene Belchior e Gabriela Belchior

Polícia Civil de Minas Gerais identificou como sendo de Renata Luciene Belchior e Gabriela Belchior, mãe e filha, nesta terça-feira (24), os corpos que haviam sido encontrados carbonizados em um carro em Unaí, no Noroeste do estado.

Polícia Civil informou a identificação durante coletiva nesta terça-feira (24), em Belo Horizonte — Foto: Reprodução TV

A instituição informou, durante coletiva realizada na capital mineira, que foi necessário usar o método conhecido como identificação em trio, com amostras do DNA de Marcos Antônio Lopes de Oliveira, marido de Renata e pai de Gabriela.

Inicialmente foi levantada a suspeita de que Marcos poderia ser um dos mandantes do crime, mas o corpo dele acabou sendo encontrado pela Polícia.

Ao todo, 10 pessoas da mesma família desapareceram no Distrito Federal, 10 corpos foram encontrados e nove foram identificados até agora. Três suspeitos foram presos pelo crime e um quarto é procurado.

“Para a gente ter uma análise mais robusta, eles encaminharam para a gente esses dados genéticos do Marcos e a gente consegue fechar a paternidade dele em relação àquele corpo mais jovem e a maternidade daquele corpo feminino que foi identificado aqui no IML como o corpo de uma mulher de uma idade maior do que a do segundo corpo”, explicou o perito criminal Giovani Vitral.

Segundo a diretora do Instituto Médico Legal (IML) de Belo Horizonte, Naray Jesimar, só será possível ter uma ideia de como as duas mulheres foram mortas após a realização de exames de anatomopatologia e não há previsão de prazo para finalizar o trabalho.

“A anatomopatologia vai tentar identificar se essas pessoas estavam vivas e foram alvejadas ou se essas pessoas foram queimadas depois de mortas. Isso leva um tempinho um pouco maior para ser definido”, afirmou.

Até o momento, ninguém procurou o IML para reconhecer ou reclamar os corpos.

Dez pessoas da mesma família foram mortas no Distrito Federal — Foto: Arte/g1
Contratados para matar a família

O crime

A cabeleireira Elizamar da Silva, de 39 anos, e os três filhos pequenos sumiram no dia 12 de janeiro. No dia seguinte, o veículo dela foi encontrado com os quatro corpos queimados dentro, perto de Cristalina (GO), no Entorno do DF. O marido dela, Thiago Belchior, também desapareceu.

Três dias depois, familiares reportaram o desaparecimento de mais três pessoas da família: o pai, a mãe e uma irmã de Thiago – respectivamente Marcos Antônio Lopes de Oliveira, Renata Juliene Belchior, e Gabriela Belchior.

O carro de Marcos Antônio, sogro de Elizamar, foi encontrado carbonizado com dois corpos dentro, no fim de semana do desaparecimento da família. Por fim, a ex-mulher de Marcos e a filha deles – Claudia Regina Marques de Oliveira e Ana Beatriz Marques de Oliveira – também desapareceram.

Inicialmente, com base no depoimento de um dos suspeitos, a polícia chegou a acreditar que Thiago e Marcos Antônio tinham arquitetado o crime e fugido. A hipótese perdeu força e, agora, as investigações apontam que pai e filho também são vítimas.

O corpo do sogro da cabeleireira foi encontrado enterrado e esquartejado perto da casa usada como cativeiro pelos criminosos, em Planaltina.

A investigação

Três suspeitos já foram presos por envolvimento no desaparecimento da família: Gideon Batista de Menezes, Horácio Carlos Ferreira Barbosa e Fabrício Silva Canhedo.

O primeiro trabalhava com Marcos Antônio, sogro de Elizamar e pai de Thiago. O delegado do caso afirma que o suspeito foi encontrado com as mãos queimadas.

O segundo suspeito confessou o crime à polícia e disse, ainda, que os assassinatos foram encomendados por Thiago e Marcos Antônio. O terceiro foi preso depois disso.

A principal tese, agora, é de que a chacina tenha sido motivada por dinheiro. Todos os suspeitos moravam próximos ao sogro da cabelereira e sabiam que a família tinha recebido quantias de dinheiro recentemente.

Carloman Santos Nogueira, segundo a Polícia Civil do DF é o 4ºsuspeito pela chacina de família de cabeleireira — Foto: Polícia Civil DF/ Divulgação

No fim de semana, a polícia informou o nome e fotos do quarto suspeito, Carlomam dos Santos Nogueira, que é procurado. As investigações apontam que Carlomam conhecia as vítimas e pelo menos um dos outros suspeitos.

Fonte: G1

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