Alunos que treinam gratuitamente em projeto social da corporação serão testados no próximo dia 20, em evento aberto à comunidade
Um campeonato de saltos promovido pelo Regimento de Polícia Montada (RPMon) da PMDF, no dia 20 deste mês, vai movimentar o espaço destinado à cavalaria da corporação, no Riacho Fundo. Os competidores serão os próprios alunos do batalhão, que treinam gratuitamente nas instalações da Polícia Militar. O evento será aberto ao público, que poderá acompanhar e conhecer um pouco mais desse projeto social.
Atualmente, 252 alunos a partir dos 8 anos de idade fazem equitação nas pistas do RPMon, uma oportunidade aos brasilienses de aprender a montar e, caso queiram, dar os primeiros passos nos encantos do hipismo. O interessado pode procurar pessoalmente o Regimento e se inscrever numa lista de espera. Uma pequena parcela das vagas é destinada a dependentes de policiais, mas a maioria é para a comunidade.
“Acreditamos que essa prática contribui para que eles (alunos) possam ter uma vida mais disciplinada. A gente tenta de alguma forma ‘quebrar’ os medos, como é o medo de montar no cavalo”, observa o sargento e instrutor Wellington Braga. “Queremos torná-los mais confiantes não só para os saltos do hipismo, mas também para os saltos da vida”, frisa.
Cada cavaleiro ou amazona passa por um período de dois anos de treinos no espaço da PMDF e, depois, cede a vaga para um iniciante. Lá, estão meninas como a estudante Karla Lima, 16, moradora do Gama. Depois de suados treinos, hoje ela integra a turma avançada e vai saltar na categoria que oferece obstáculos de até 80 cm.
A motivação é grande. “É algo muito bonito, gosto muito mesmo de saltar. Sempre tive um desejo de quem sabe viajar e competir no hipismo”, diz a jovem. “Acho legal essa sintonia que a gente cria com o cavalo”, acrescenta ela, que será colocada à prova em seu segundo torneio. “Dá um friozinho na barriga, mas vou conseguir ir bem”, afirma, rindo.
Já Carlos Silva, 16 anos, morador do P Norte, em Ceilândia, aprendeu no campo a se interessar pela montaria. “Comecei a andar a cavalo na roça, pois meu avô tem uma chácara no Café Sem Troco. Um policial insistiu para que eu fizesse as aulas e acabei me apaixonando mais”, conta o rapaz, que é colega de turma de Karla. Os vencedores de cada categoria receberão medalhas.