Parte do Corredor Eixo Oeste, intervenção viária entre o Sudoeste e o Parque da Cidade já está com 20% de execução e vai dar fluidez no trânsito por onde passam cerca de 25 mil veículos todos os dias
O fim do período de chuvas e a fase de estiagem que segue até outubro de 2022 dará mais celeridade à obra de construção do viaduto da Estrada Parque Indústrias Gráficas (Epig). A intervenção viária que integra o Corredor Eixo Oeste já está com 20% de execução e vai mudar a rotina dos cerca de 25 mil motoristas que passam pela rodovia todos os dias, entre o Eixo Monumental e a Estrada Parque Taguatinga (EPTG).
No final de março, os construtores concluíram a etapa de fundação das 24 estacas. Elas darão sustentação a todo o carregamento do viaduto por onde passará a trincheira entre o Parque da Cidade D. Sarah Kubitschek e o Sudoeste. A expectativa dos engenheiros envolvidos na obra é de que os próximos meses de tempo firme e sem temporais sejam de execuções ainda mais rápidas.
“Fizemos as fundações, estamos na fase de escavações e com dois terços da rede de águas pluviais concluídos. Depois de um início de ano de chuvas intensas e constantes, com poucos intervalos secos, já conseguimos acelerar para deixar tudo pronto em setembro”, avisa o secretário de Obras do Distrito Federal, Luciano Carvalho de Oliveira.
No início deste mês já foi feita a concretagem de seis das 28 vigas logarítmicas. Com 40 toneladas cada uma, elas serão responsáveis por assentar as lajes do viaduto – que é por onde passarão os veículos leves e pesados. Sem chuvas, a projeção é que quatro delas sejam feitas a cada semana.
Além disso, está em fase de conclusão a recolocação da rede de energia elétrica da Neoenergia. Os construtores da obra só aguardam a retirada do cabeamento antigo das operadoras de telefonia e internet para retirar os postes que ainda ocupam o trecho da via onde está o canteiro de obras.
Orçada em R$ 24,6 milhões, a construção do viaduto da Epig vai consumir 300 toneladas de ferragens e 5 mil m³ de concreto – o equivalente a 620 caminhões cheios do material. Os recursos são de financiamento da Caixa Econômica Federal.
Passa rápido
A nova intervenção urbana acabará com os gargalos e o tempo de espera no trânsito de quem passa pela via, principalmente nos semáforos próximos ao cruzamento do Sudoeste com o Parque da Cidade. Em horários de pico, a espera chega a quase dois minutos, provocando congestionamentos. “Essas retenções deixarão de existir e o tráfego fluirá, sem paradas”, explica o engenheiro civil Carlos Magno, executor de contrato da Secretaria de Obras.
Com geração de 80 empregos diretos, a obra inclui ainda a construção de uma rede de drenagem e a expansão da lagoa de contenção do Parque da Cidade – que passou de 100 mil m³ para 200 mil m³ de água. Dos 2,7 km da rede, 65% já foi feito.
Síndico do bloco K na quadra 303 do Sudoeste, o engenheiro Marcelo Galimberti, 58 anos, está ansioso pela conclusão da obra, prevista para setembro de 2022. Ele lembra que já enfrentou muitos problemas para sair do bairro e acessar a Asa Sul no início da manhã e na hora do almoço. “A execução desse projeto vem em excelente tempo e vai facilitar a vida de quem passa por aqui, principalmente de quem vem e segue até Taguatinga”, prevê.