Hospital Regional do Gama faz cerca de 5 mil partos por ano

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Luana faz acompanhamento no Hospital Regional do Gama: “É um atendimento mais específico, fico tranquila” - Foto: Tony Winston/Agência Saúde

Unidade se destaca em assistência de pré-natal de alto risco na cidade e em municípios do Entorno

A dona de casa Luana Machado da Silva, 34 anos, estava na 37ª semana de gestação quando sentiu as contrações que anunciavam o nascimento da pequena Laura. A cesárea foi no Hospital Regional do Gama (HRG), onde ela já fazia o acompanhamento do pré-natal de alto risco, por ter tido identificada uma condição de pré-diabetes gestacional.

Neste 12 de abril, data em que é comemorado o Dia do Obstetra, a Secretaria de Saúde (SES) homenageia a atuação dos profissionais que acompanham a gestação, o parto e o pós-parto da mulher com relato de dois casos de pacientes do HRG. A unidade de saúde é referência em assistência de pré-natal de alto risco no Gama e na Região Integrada de Desenvolvimento do Distrito Federal e Entorno (Ride). No ano passado, 1.266 mulheres com situação semelhante à de Luana foram atendidas ali. O hospital ainda registra o marco de 4.971 partos no mesmo período, sem nenhuma morte materna.

Luana conta que monitorava a saúde no posto perto de casa quando teve identificada a condição de agravamento. Ela continuou sendo acompanhada na unidade próxima à sua residência e seguiu com o tratamento no HRG. “É um atendimento mais específico, fico tranquila”, diz. No caso dela, foi possível fazer o controle da glicemia com dieta especial.

Também com gestação de alto risco, Fabiana Cristiane Bernardes, 40 anos, está com dez semanas de gravidez e vem sendo acompanhada na Unidade Básica de Saúde 5 (UBS 5) do Gama e no HRG. Sua situação se deve a uma pré-eclâmpsia, causada por hipertensão, identificada nos exames do pré-natal. Dois anos atrás, Fabiana perdeu o bebê com 27 semanas de gestação. Para ela, ter o pré-natal específico no HRG é importante. “Eu gostei, é uma preocupação a mais com o paciente”, elogiou.

De acordo com o Manual de Gestação de Alto Risco, do Ministério da Saúde, as condições clínicas para identificar maior risco na gestação podem ser características individuais, condições sociodemográficas, história reprodutiva anterior, condições clínicas prévias à gestação, intercorrências clínicas ou obstétricas e doenças infecciosas na gestação.

Trabalho de equipe

A responsável técnica da obstetrícia no HRG, Alexsandra Ramalho da Costa Arume, explica que o hospital é uma unidade de acompanhamento de pré-natal de risco e de atendimento para partos eventuais. Em geral, conta, os partos de alto risco são encaminhados à unidade de Santa Maria. “A gente faz até parto de pacientes do nosso pré-natal de alto risco porque alguns não são tão graves, como [situações em que] a gestante é de idade mais avançada”, pontua.

Alexsandra relata que é comum receber parturientes do Entorno, como de Abadiânia, Cidade Ocidental, Cristalina, Luziânia e Valparaíso de Goiás. “Muitas vezes diagnosticamos diabete gestacional, e a paciente não havia feito exame de glicemia”, conta. “O pré-natal é fundamental para o desenvolvimento saudável do bebê e a redução dos riscos para gestante”.

Foto: Sandro Araújo/ Agência Saúde DF

Parceria com Opas

A médica reforça que, quando é identificado algum problema, há reuniões para trabalhar condutas e procedimentos que possam aprimorar os resultados. “É uma equipe que dá tudo de si pelos pacientes”, assegura. Em novembro do ano passado, os servidores do HRG participaram da terceira edição do treinamento de instrutores da Estratégia Zero Morte Materna por Hemorragia no Brasil.

Esse programa é elaborado pelo Ministério da Saúde e pela Organização Pan-Americana da Saúde (Opas). A iniciativa capacita equipes multidisciplinares, qualificadas e organizadas para o enfrentamento das emergências obstétricas.

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