No local, serão ofertados café da manhã, almoço e jantar, todos os dias, ao custo total de R$ 2
Com investimento de R$ 4,9 milhões, o Governo do Distrito Federal (GDF) executa as obras do Restaurante Comunitário de Arniqueira para que a população passe a contar, em breve, com as três principais refeições do dia ao custo total de R$ 2. Cerca de 25 funcionários trabalham de segunda a sexta-feira na unidade, que possui área de 6,5 mil m². O espaço terá capacidade para atender até mil pessoas.
O café da manhã será servido das 7h às 8h30 por R$ 0,50; o almoço, das 11h às 14h, por R$ 1; e o jantar, das 17h às 19h, por R$ 0,50. Todas as refeições serão oferecidas todos os dias, incluindo fim de semana e feriado.
Todas as instalações elétrica e hidráulica foram concluídas. O encanamento para gás também já está no ponto para receber os fogões. Nas áreas administrativas, os quatro ares-condicionados já foram instalados e os banheiros e vestiários estão prontos para uso. O local também conta com circuito de câmera de segurança, com 16 aparelhos que fazem o monitoramento 24 horas por dia nas áreas interna e externa do Restaurante Comunitário.
O Restaurante Comunitário de Arniqueira fica nas proximidades do Serviço de Acolhimento Institucional para Adultos e Famílias (Saif), que atende pessoas em situação de extrema vulnerabilidade, tanto em situação de rua quanto em desabrigo. Quando inaugurado, o restaurante vai oferecer café da manhã, almoço e jantar todos os dias da semana, assim como ocorre nas unidades do Sol Nascente (Trecho 2), Recanto das Emas e Planaltina.
As equipes da Companhia Urbanizadora da Nova Capital (Novacap) dão o toque final nas estruturas do espaço para receber a mobília avaliada em R$ 140 mil adquirida pela Secretaria de Desenvolvimento Social do Distrito Federal (Sedes-DF), sendo que parte dos itens já existia no almoxarifado da pasta.
“A reforma está pronta. Estamos fazendo uma vistoria final para encontrar qualquer defeito da obra, como falhas na pintura. Nesta fase, a gente também está finalizando a instalação do piso tátil. Falta concluir a instalação das bancadas e das coifas”, explica o engenheiro fiscal da obra, Luciano Vicari.
A licitação para contratar a empresa que vai gerenciar o Restaurante Comunitário de Arniqueira já foi realizada pela Sedes-DF. A gestora do local vai ser a Triunfo Refeições Coletivas LTDA, com o investimento de R$ 7,6 milhões.
Reforma
Antes da intervenção do GDF, o local funcionava como um antigo refeitório que atendia aos assistidos pelo Saif. As estruturas puderam ser reaproveitadas durante a reforma para transformar o espaço em um restaurante mais confortável, higiênico e seguro.
Em Arniqueira, o espaço é aguardado com muita ansiedade pela população, como compartilhou a dona de casa Bezinha de Mendanha, 49 anos. “Será ótimo porque tem muita gente que precisa.”
Já Antônio da Silva, 65 anos, é acolhido pelo Saif e disse que frequentará o Restaurante Comunitário assim que for inaugurado. “A maioria das pessoas que ficam lá [no Saif] virá aqui. Eu já experimentei a comida em outros lugares e é boa. Eu pretendo vir sempre, principalmente no café da manhã”, comentou.
Atualmente, o DF conta com 15 restaurantes comunitários localizados em Brazlândia, Ceilândia, Estrutural, Gama, Itapoã, Paranoá, Planaltina, Recanto das Emas, Riacho Fundo, Samambaia, Santa Maria, São Sebastião, Sobradinho e Sol Nascente/Pôr do Sol (região com duas unidades). Além do equipamento em Arniqueira, também está em construção o de Samambaia.
Regularização
Em 2019, Arniqueira se tornou, oficialmente, uma Região Administrativa na gestão do governador Ibaneis Rocha. Desde então, o Governo do Distrito Federal (GDF) tem destinado esforços para agilizar os processos de regularização habitacional na RA, que abrange uma área de 1,3 mil hectares.
O decreto que aprova o projeto urbanístico para regularização da URB 005 do Setor Habitacional Arniqueira foi assinado pelo governador Ibaneis Rocha em 2020. Foram levados a registro cartorial 1,4 mil lotes.
O Setor Habitacional Arniqueira foi dividido em 15 áreas para fins de urbanização. Os projetos levaram em conta delimitadores naturais, como córregos – há três na região –, bem como as circunscrições cartoriais.