Ministra da Cultura, Margareth Menezes confirmou nome de Leandro Grass para presidir o órgão, responsável pela preservação do patrimônio
O ex-deputado distrital Leandro Grass (PV) assumirá a presidência do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan). A ministra da Cultura, Margareth Menezes, confirmou o nome do político nesta terça-feira (10/1).
O órgão é responsável pela preservação e divulgação dos patrimônios material e imaterial do país. Em nota, Leandro Grass se disse honrado pela nomeação e afirmou que a prioridade será “recuperar as obras, os monumentos e o que mais houver de dano causado pelos atos terroristas desse domingo [8/1]” — em referência aos atos de vandalismo contra as sedes dos Três Poderes.
Leandro Grass foi candidato a governador do Distrito Federal em 2022, mas foi derrotado no primeiro turno por Ibaneis Rocha (MDB).
Para o ex-parlamentar, um dos desafios da nova função será “fortalecer o Iphan e a política do patrimônio cultural”. “Também precisamos tornar a Política de Patrimônio intersetorial, atraindo o olhar, o esforço e a energia de outras áreas, como ambiental, do turismo, do desenvolvimento econômico e da educação, para interagirem com a política do patrimônio”, completou.
Leia a nota divulgada
“É com muita honra que recebo minha nova missão: presidir o Iphan, órgão responsável pela preservação e divulgação do patrimônio material e imaterial do país. Sob a liderança da ministra Margareth Menezes, vou trabalhar incansavelmente para gerir e promover nosso patrimônio com responsabilidade técnica e política. Sou muito grato ao presidente Lula pela oportunidade de retribuir o que recebi da vida acadêmica e da vida pública. Sou filho da universidade pública, sociólogo e professor, mestre em Desenvolvimento Sustentável pela UnB, Gestor Cultural pela Organização dos Estados Ibero-americanos (OEI) e, nos últimos anos, pesquisador do Observatório de Políticas Públicas Culturais da UnB.
Nossa primeira preocupação é recuperar as obras, os monumentos e o que mais houver de dano causado pelos atos terroristas desse domingo. Além das edificações, foram destruídas obras de Marianne Peretti, Di Cavalcanti e Alfredo Ceschiatti, que fazem parte do valoroso acervo da nossa capital. Um prejuízo incalculável.
Além dos servidores que há tanto já lutam para preservar o patrimônio brasileiro, estarão ao meu lado Andrey Rosenthal Schlee, do RS, como diretor de Patrimônio Material e Fiscalização, e Deyvesson Gusmão, do Acre, como diretor de Patrimônio Imaterial, além das pessoas que ainda vão compor o time, considerando toda a diversidade do nosso país.
Um dos nossos próximos objetivos é fortalecer a política do patrimônio cultural, valorizando os quadros técnicos, escutando-os e trabalhando para que o órgão se reestruture, em especial para que haja um plano de carreira para os servidores da cultura.
Conto com o apoio de todos vocês para cuidarmos do nosso DF e de outras tantas riquezas do nosso país.”
Perfil
Leandro Grass é professor, sociólogo e mestre em Desenvolvimento Sustentável pela Universidade de Brasília (UnB), gestor cultural pela Organização dos Estados Ibero-americanos (OEI), ex-pesquisador do Observatório de Políticas Públicas Culturais da UnB e integrante da Associação Amigos do Centro Histórico de Planaltina.
Atuou como deputado distrital nos últimos quatro anos. Na Câmara Legislativa, presidiu a Frente Parlamentar pela Promoção dos Direitos Culturais e foi vice-presidente da Comissão de Educação, Saúde e Cultura.
Fonte: Metrópoles