Equipes preparam escavação do viaduto do Jardim Botânico

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Foto: Lúcio Bernardo Jr./Agência Brasília

Obras tiveram cronograma adaptado para o período das chuvas com a implantação de estacas de contenção. Estrutura construída na altura do balão da antiga Esaf tem investimento de R$ 33,5 milhões do GDF e vai desafogar o trânsito na região

As chuvas que têm atingido o Distrito Federal não impactaram o andamento das obras do viaduto do Jardim Botânico, no km 27,2 da DF-001, na altura do balão da antiga Esaf. As equipes do Departamento de Estradas de Rodagem (DER-DF) trabalham diariamente na intervenção viária que vai desafogar o trânsito na região. Os serviços foram mantidos, inclusive, no feriado de Carnaval. O investimento na empreitada é superior a R$ 33,5 milhões, com previsão de gerar 400 empregos.

A estrutura em concreto já está pronta, assim como os desvios dos acessos e o remanejamento das interferências de rede elétrica – Foto: Lúcio Bernardo Jr./Agência Brasília

Atualmente, está em andamento a cravação das estacas de contenção do talude. “Nós furamos o solo com a ajuda de uma perfuratriz, colocamos uma armadura de aço e depois concretamos. Isso, no final, vira uma grande parede de proteção das laterais do viaduto”, explica o diretor-presidente do DER-DF, Fauzi Nacfur. Ao todo, serão instaladas 100 estacas, que têm de 4 a 14 metros de profundidade.

Com as paredes de estacas concluídas, será iniciada a escavação invertida da trincheira do viaduto e a pavimentação das pistas. O método invertido é o mesmo utilizado em outras intervenções viárias do DF, como o Túnel de Taguatinga. As etapas finais da obra incluem serviços de drenagem pluvial e sinalização horizontal e vertical, ciclovia, passarela, muro de “terra armada”, urbanização e paisagismo. A estrutura em concreto já está pronta, assim como os desvios dos acessos e o remanejamento das interferências de rede elétrica.

O viaduto está sendo construído em trincheiras: quem estiver indo ou voltando da Ponte JK passará por baixo, enquanto aqueles que desejarem ir para o Lago Sul utilizarão a parte de cima. A estrutura acabará com os engarrafamentos constantes no entroncamento da DF-035 (EPCV) com a DF-001 (EPCT), garantindo maior fluidez aos tráfego. Serão beneficiados mais de 50 mil condutores, diariamente, do Jardim Botânico, São Sebastião, Tororó, Paranoá, Jardins Mangueiral e Jardim ABC.

“Eu praticamente vi essa cidade crescer e acompanhei a chegada do Jardins Mangueiral e dos condomínios da DF-140. Acho que essa obra vai ajudar a comunidade a ter um fluxo de tráfego mais tranquilo”, diz o lojista Marco Aurélio de Andrade

O secretário de Governo, José Humberto Pires de Araújo, salienta que, assim como outras obras, o viaduto é monitorado semanalmente. “Nós fazemos, sistematicamente, reuniões com os órgãos para o acompanhamento das obras, tanto aquelas que tem andamento, como as que estão em licitação ou em fase de projeto. Os entraves são resolvidos para que as obras não parem, como de fato não têm parado”, compartilha. “Com a incidência das chuvas, trabalhamos na parte estrutural do viaduto, que nem sempre é visível a quem passa, mas que nunca tem absolutamente nada parado”, completa.

Expectativa

Para a população, o novo viaduto será um marco para a mobilidade do Jardim Botânico, que, conforme a Pdad 2021, reúne mais de 52 mil pessoas em 29.217,99 hectares. O aposentado Fernando Silva, 69 anos, relaciona os congestionamentos ao aumento da população e do número de veículos. “A cidade cresceu muito e tem muita gente fazendo uso de transporte próprio. Então, são mais carros nas ruas, principalmente no horário de pico. O viaduto vai melhorar o trânsito, com certeza.”

Morador do Jardim Botânico há duas décadas, o lojista Marco Aurélio de Andrade, 63 anos, também observa que a obra será positiva para o fluxo de veículos da região. “Acredito que vai melhorar bastante, como aconteceu com a entrega de outros viadutos no DF. Eu praticamente vi essa cidade crescer e acompanhei a chegada do Jardins Mangueiral e dos condomínios da DF-140. Acho que essa obra vai ajudar a comunidade a ter um fluxo de tráfego mais tranquilo”, diz.

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