Conheça a monkeypox (varíola dos macacos) e previna-se

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Foto: Divulgação

Doença é viral e contaminação pode ser por transmissão respiratória, fluidos corporais, contato próximo ou prolongado

O primeiro caso de monkeypox, popularmente conhecida como varíola dos macacos, foi confirmado no Distrito Federal. Trata-se de uma doença viral em que a transmissão pode ocorrer por meio do contato com o animal ou com o humano infectado.

Apesar do nome, é importante destacar que os macacos não são reservatórios do vírus da varíola. Isto é, os animais são tão contaminados quanto os humanos, não sendo os responsáveis pelo vírus. Conheça os cuidados necessários para se proteger da monkeypox.

A transmissão entre humanos pode ocorrer com o contato direto com secreções respiratória, lesões de pele ou fluidos corporais de uma pessoa infectada. A infecção também se dá a partir do contato com superfície e/ou objetos recentemente contaminados.

“O vírus entra no organismo por meio principalmente do contato com as lesões. Independentemente do tipo de lesão, pois todas as formas são potencialmente transmissíveis”, explica o diretor de Vigilância Epidemiológica, Fabiano dos Anjos Martins.

Ele reforça que a transmissão também pode ser por fluidos corporais. “Por exemplo, secreção respiratória de uma pessoa infectada, transmissão respiratória, no caso por gotículas. Pode acontecer a partir de contato próximo e prolongado ou mucosas, como dos olhos, nariz ou boca”, detalha.

Segundo o epidemiologista, o vírus da monkeypox sobrevive por até 90 horas em superfícies. Portanto, é recomendado que as pessoas tomem alguns cuidados, como evitar contato com pessoas com diagnóstico positivo e higienizar as mãos.

Fabiano Martins destaca que a rede pública de saúde do DF está preparada para cuidar da doença e segue acompanhando casos suspeitos. “A Secretaria de Saúde faz o monitoramento de possíveis contatos para acompanhar a situação epidemiológica”, alerta.

A higienização frequente das mãos é uma importante aliada na prevenção: vírus sobrevive por até 90 horas em superfícies – Foto: Joel Rodrigues / Agência Brasília

Sintomas
Os principais sintomas são febre e erupção cutânea, mas as pessoas também podem apresentar calafrios e linfadenopatia – inchaço em pequenas glândulas, especialmente em regiões perto do pescoço.

No caso desses sintomas, a pessoa deve procurar unidades ambulatoriais e de pronto atendimento. “As unidades estão preparadas para receber e conduzir todos os casos clínicos e suspeitos inicialmente. Então, todos os serviços vão receber as pessoas”, afirma Martins. O epidemiologista indica que a retaguarda hospitalar será apenas para os casos que efetivamente evoluírem para maior gravidade.

Segundo Martins, o período de incubação da monkeypox varia de seis a 13 dias. “Esse é o tempo que leva para aparecerem os primeiros sintomas”. Ele ressalta que os sintomas do vírus podem durar de duas a quatro semanas.

Isolamento
A pessoa suspeita deve ficar em isolamento com boa ventilação natural. É recomendado que ambientes comuns, como banheiro e cozinha, fiquem com janelas abertas. Caso circule na casa com outros moradores, deve-se usar a máscara cirúrgica bem ajustada e protegendo a boca e o nariz.

É importante que o paciente lave as mãos várias vezes ao dia, preferencialmente com água e sabonete líquido. Se possível, usar toalhas de papel descartável para secá-las.

Não compartilhar alimentos, objetos de uso pessoal, talheres, pratos, copos, toalhas ou roupas de cama. Entretanto, estes itens poderão ser reutilizados após higienização com detergente comum.

No DF
No último sábado (2), o Ministério da Saúde confirmou a infecção por monkeypox no DF. Trata-se de um homem, de 30 a 39 anos, com histórico de viagem internacional recente. Ele está em isolamento domiciliar e segue sendo monitorado pelas equipes de vigilância epidemiológica.

O Centro de Informação Estratégica em Vigilância em Saúde (Cievs) também monitora um segundo caso ainda suspeito da doença. Essa pessoa está em isolamento domiciliar esperando o resultado do exame que vai confirmar ou descartar a contaminação pela doença. O serviço de vigilância faz o acompanhamento diário do estado de saúde dos pacientes. Ambos passam bem e estão em isolamento domiciliar.

No Brasil
O Ministério da Saúde confirmou, em 9 de junho de 2022, o primeiro caso de monkeypox no Brasil, em um morador de São Paulo.

Ainda assim, a orientação é que pessoas de qualquer idade que, a partir de 15 de março de 2022, tenham apresentado início de erupção cutânea, única ou múltipla, de monkeypox, em qualquer parte do corpo ou febre sejam avaliadas como casos suspeitos.

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