Ministério da Saúde confirma primeiro caso de varíola dos macacos no DF

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Varíola dos macacos é semelhante à varíola que já foi erradicada, mas menos severa e menos infecciosa — Foto: SCIENCE PHOTO LIBRARY/BBC

Segundo Secretaria de Saúde, paciente é homem entre 30 e 39 anos de idade; ele está em isolamento domiciliar. Um outro caso, o primeiro notificado, ainda está em investigação

O Ministério da Saúde confirmou, neste sábado (2), o primeiro caso de varíola dos macacos (“monkeypox”) em Distrito Federal. O paciente é um homem entre 30 e 39 anos, com histórico de viagem internacional recente, que teve a suspeita anunciada na sexta-feira (1º). Ele está em isolamento domiciliar.

As informações foram repassadas pela Secretaria de Saúde do Distrito Federal (SES-DF). Um segundo caso suspeito, o primeiro notificado, em 21 de junho, segue em investigação. Trata-se de de um homem com idade entre 20 e 29 anos. Ele também está em isolamento domiciliar.

A pasta afirma que uma equipe de vigilância faz o acompanhamento diário do estado de saúde dos pacientes.

Orientações

Também na sexta, a secretaria emitiu uma nota técnica aos profissionais de saúde das redes pública e privada, com orientações para tratamento e manejo da doença. Segundo o comunicado, pacientes com suspeita da varíola dos macacos devem ser mantidos em áreas separadas, até receber atendimento.

Também precisam usar máscara cirúrgica, desde o momento em que forem identificados na triagem. A orientação é de que, caso a pessoa esteja “em bom estado geral”, não há necessidade de internação.

Os pacientes devem cumprir isolamento domiciliar. Em seguida, as amostras colhidas serão encaminhadas para análise do Laboratório Central (Lacen).

Prevenção ao contágio

A nota técnica da Secretaria de Saúde ainda orienta que profissionais da saúde evitem contágio entre si. A recomendação da pasta é de que sejam implementadas medidas de prevenção e controle de infecção nas unidades de saúde.

“Os serviços de saúde devem elaborar, disponibilizar de forma escrita e manter disponíveis, normas e rotinas dos procedimentos envolvidos na assistência aos casos suspeitos ou confirmados de Monkeypox”.

Portanto, as unidades devem informar:

  • Fluxo dos pacientes dentro do serviço de saúde
  • Procedimento de colocação e retirada de equipamento de proteção individual (EPI)
  • Procedimento de remoção e processamento de roupas, artigos e produtos usados na assistência
  • Rotinas de limpeza e desinfecção de superfícies
  • Rotinas para remoção dos resíduos
  • Rotina de transporte dos pacientes

Casos no Brasil

Até quarta-feira (29), o Ministério da Saúde havia confirmado 21 casos de varíola dos macacos. Segundo a pasta, outros 23 estavam em investigação.

Em nota enviada para a reportagem, a pasta informou que os casos confirmados estão em São Paulo (14 casos), Rio de Janeiro (5 casos) e Rio Grande do Sul (2 casos).

Já os 23 casos investigados estão nos seguintes estados:

  • Ceará: 4
  • Paraná: 3
  • Rio de Janeiro: 3
  • Rio Grande do Sul: 2
  • Santa Catarina: 2
  • Acre: 2
  • Minas Gerais: 2
  • Goiás: 1
  • Espírito Santo: 1
  • Rio Grande do Norte: 1
  • Distrito Federal: 1
  • Mato Grosso do Sul: 1

O que é a varíola dos macacos?

A varíola dos macacos é uma doença viral rara transmitida pelo contato próximo com uma pessoa infectada.

A transmissão pode ocorrer pelas seguintes formas:

  • Por contato com o vírus – com um animal, pessoa ou materiais infectados, incluindo através de mordidas e arranhões de animais, manuseio de caça selvagem ou pelo uso de produtos feitos de animais infectados. Ainda não se sabe qual animal mantém o vírus na natureza, embora os roedores africanos sejam suspeitos de desempenhar um papel na transmissão da varíola às pessoas.
  • De pessoa para pessoa: pelo contato direto com fluidos corporais como sangue e pus, secreções respiratórias ou feridas de uma pessoa infectada, durante o contato íntimo – inclusive durante o sexo – e ao beijar, abraçar ou tocar partes do corpo com feridas causadas pela doença. Ainda não se sabe se a varíola do macaco pode se espalhar através do sêmen ou fluidos vaginais.
  • Por materiais contaminados que tocaram fluidos corporais ou feridas, como roupas ou lençóis;
  • Da mãe para o feto através da placenta;
  • Da mãe para o bebê durante ou após o parto, pelo contato pele a pele;
  • Úlceras, lesões ou feridas na boca também podem ser infecciosas, o que significa que o vírus pode se espalhar pela saliva.

Fonte: G1

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