Brasil vira sobre o Japão em jogo épico e vai à semi do Mundial

Brasil-3.jpg

Brasil festeja ponto contra Japão — Foto: Divulgação/FIVB

Seleção começa muito mal, mas reage na marra, vence no tie-break e vai enfrentar a Itália em busca de um lugar na decisão do Mundial. Equipes se enfrentam na próxima quinta

De início, o roteiro pareceu se repetir. As lembranças da única queda até aqui surgiam a cada ponto do Japão. Mas, aos poucos, o Brasil soube se reconstruir. Na falta de inspiração, sobrou luta. E, na marra, a seleção se reergueu diante de um adeus iminente. Em uma virada heroica, o time de José Roberto Guimarães renasceu e garantiu o lugar na semifinal do Mundial de vôlei: 3 sets a 2, parciais 18/25, 18/25, 25/22, 27/25 e 15/13. Na tensão do sonho de um título inédito, o Brasil se manteve vivo em Apeldoorn.

Com a virada épica, o Brasil segue firme na briga por um título inédito. A seleção, agora, volta a ter a Itália pelo caminho. As duas seleções se enfrentam na semifinal na próxima quinta-feira, às 15h (horário de Brasília). O sportv2 transmite a partida ao vivo.

Ao explorar dois bloqueios brasileiros em sequência, o Japão largou na frente. O Brasil saiu do zero em um ataque de Gabi. Mas, como esperado, as japonesas pareciam se multiplicar na defesa. A pontaria também demorou a calibrar. Ao não se impor, a seleção viu o rival abrir. No ace de Ishikawa, 9/5 no placar e pedido de tempo de Zé Roberto.

Não foi um bom início. Com a diferença no placar, Zé quis mudar. Rosamaria entrou no lugar de Pri Daroit, que ainda não parecia 100%. Mas foi pelas mãos de Tainara, em dois aces seguidos, que o Brasil voltou ao jogo. A diferença caiu para 13/10, e foi a vez de o Japão pedir tempo. As rivais se desgrudaram, e o Brasil voltou a buscar. Só que a reação, mais uma vez, foi passageira. Zé desfez a troca entre Pri e Rosamaria e mandou Nyeme no lugar de Natinha, mas não funcionou. No ataque de Hayashi, fim de set: 25/18.

Japão festeja ponto contra o Brasil — Foto: Divulgação/FIVB

Na volta à quadra, nada mudou. O Brasil, tenso, parecia um time diferente daquele que terminou a segunda fase. Aos poucos, conseguiu reagir pelas mãos de Gabi e Tainara. Num ace da oposta, a seleção empatou o placar em 5/5. Só que o Japão voltou a abrir depois de três erros seguidos. Zé pediu tempo e tentou arrumar a casa. Mas as rivais seguiram firmes.

O Brasil até tentava reagir. Carol, ao fechar a porta junto à rede, tentou trazer o time de volta ao jogo. Mas um ataque de Rosamaria para muito longe da quadra fez as rivais marcarem 15/9. Pouco depois, em 16/10, Zé voltou a pedir tempo. O Japão, porém, abriu ainda mais. Rosamaria ainda fez o Brasil respirar depois de virar três bolas em sequência. Mas os erros seguiram. Em um bloqueio sobre Rosamaria, fim de papo: 25/18.

Tainara se esforça para buscar a bola na partida contra o Japão — Foto: Divulgação/FIVB

Um saque de Rosamaria para fora abriu a conta no terceiro set. Zé Roberto tentou mudar e mandou Roberta e Lorenne para a quadra nos lugares de Macris e Tainara. A reação precisava ser imediata. A seleção até virou, ficando à frente no placar pela primeira vez na partida. Abriu 8/5 depois de um toque na rede das japonesas. A sorte pareceu mudar um pouco de lado. Um ataque de Rosamaria saiu torto, mas bateu na rede e caiu na quadra rival. Com 12/8 na conta pouco depois, o Brasil pareceu crescer àquela altura.

Só que o Japão voltou a quebrar o ritmo brasileiro. Em dois pontos seguidos, obrigou Zé Roberto a pedir tempo. O Brasil até abriu mais uma vez, mas não era um jogo fácil. Ainda que tivesse crescido, a seleção tinha problemas. Gabi era o diferencial. Em um ponto dela, 21/17 e pedido de tempo das rivais. A vantagem vinha na marra, como na largadinha de Carol depois do melhor rali do jogo. O suspiro veio em um ataque de Carol Gattaz: 25/22.

Para forçar o tie-break, era preciso ir além. O Japão largou na frente. Um ataque de Rosamaria, porém, fez a seleção deixar tudo igual em 5/5. Mais uma vez, a seleção viu as rivais marcarem três pontos em sequência. Com 8/5, Zé Roberto parou o jogo. O Brasil buscou. Em uma pancada de Gabi, 9/9 no placar. A virada também foi através da capitã logo depois.

Gabi festeja ponto do Brasil — Foto: Divulgação/FIVB

Mas o jogo seguiu tenso. E o Japão voltou à frente depois de um ataque de Inoue, em 16/15. Só que o Brasil também tinha seus momentos. Lorenne, com uma tranquilidade improvável àquela altura, só empurrou a bola para o outro lado, no fundo da quadra, para marcar 18/17. A seleção até abriu dois pontos, mas deixou o Japão passar mais uma vez em um ataque de Ishikawa. Zé Roberto parou o jogo. Na tensão de um adeus que batia à porta, o Brasil voltou a virar. E, mais uma vez, com Gabi: 24/23. O Japão salvou dois set points, mas não evitou o terceiro. No bloqueio de Carol Gattaz, 27/25.

No tie-break, o Japão abriu 4/2. Mas era preciso dizer: a reação brasileira passava pelas mãos de Lorenne. Foi a oposta quem recolocou a seleção no jogo ao marcar 4/4. A seleção se mostrou forte ao retomar a dianteira. Na pancada de Rosamaria, abriu 8/6. Mas o Japão, incansável, voltou a buscar. Zé Roberto, então, parou o jogo.

A partir dali, foi na emoção. No erro de ataque das rivais, o Brasil abriu 12/10. O Japão pediu tempo, mas Carol mais uma vez fechou a rede para ampliar. O Japão ainda evitou dois match points. Mas não evitou o terceiro: 15/13 e vaga na semifinal.

Fonte: GE

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

scroll to top