Mulher morta pelo namorado foi agredida com bloco de concreto e teve corpo queimado

Wallace.jpg

Walace de Souza Eduardo, de 34 anos, foi preso na manhã desta segunda-feira (23), em Taguatinga Norte, no DF — Foto: PCDF/Divulgação

Corpo de Marina Paz Katriny, de 30 anos, foi encontrado parcialmente queimado em 18 de maio. Walace de Souza Eduardo, de 34 anos, foi preso nesta segunda-feira (23) e confessou crime; segundo polícia, eles tinham relacionamento recente e conturbado

Walace de Souza Eduardo, de 34 anos, detalhou para a Polícia Civil do Distrito Federal a morte da namorada, Marina Paz Katriny, de 30 anos. O corpo da vítima foi encontrado parcialmente queimado, perto da BR-070, em Taguatinga, no dia 18 de maio. O suspeito foi preso nesta segunda-feira (23) e confessou o crime.

Segundo a polícia, Walace e Marina tinham um relacionamento recente e com “muitas brigas e discussões”. No dia do crime, o casal discutiu após sair para um bar. Em depoimento, o homem disse que agrediu a vítima com um bloco de concreto e usou gasolina para queimar o corpo.

“Ele confessou que desferiu as pedradas, que arrastou o corpo dela até o cerrado. Depois, amarrou as mãos, e a região da cabeça e boca com fita adesiva, e deixou o corpo lá. Ele foi até um posto de gasolina, cerca de um quilômetro à frente, comprou R$ 20 de combustível, voltou e jogou o líquido inflamável sobre o corpo da namorada”, disse o delegado Mauro Aguiar, responsável pela investigação.

O crime

De acordo com depoimento de Walace, na noite do crime, o casal consumiu álcool e drogas. Após sair do bar, quando seguiam em direção à casa do suspeito, começaram a discutir. Ele parou o carro no acostamento, às margens da BR-070, e iniciou as agressões contra a vítima.

Segundo a polícia, após o crime, o homem enviou uma mensagem, do celular de Marina para uma amiga dela, para desviar o foco da investigação. O delegado do caso diz que não há dúvida sobre a autoria do crime, registrado como feminicídio qualificado. A pena pode passar de 30 anos de prisão.

Walace de Souza Eduardo foi preso em casa e levado para a carceragem da 17ª Delegacia de Polícia, em Taguatinga. Ele deve ser encaminhado para o Departamento de Polícia Especializada, ainda nesta segunda-feira. Na terça, deve passar por uma audiência de custódia.

A polícia fará perícia nos dois carros onde a vítima esteve com Walace, e nas roupas dele. Segundo o delegado, o inquérito deve ser concluído e enviado para a Justiça em até 15 dias.

Quem era Marina?

Marina trabalhava em um loja de um shopping no DF, segundo a família — Foto: Arquivo pessoal

O corpo de Marina Paz Katriny foi encontrado por um homem que passeava com o cachorro às margens da BR-070, e acionou o Corpo de Bombeiros do DF. A mulher estava vestida e não apresentava ferimentos aparentes, mas tinha parte do rosto e do tórax queimados.

A identificação foi feita por familiares e confirmada pela Polícia Civil do DF (PCDF) dois dias depois. Segundo a corporação, os parentes reconheceram tatuagens da vítima, após a divulgação de fotos.

Marina foi enterrada no domingo (22), em Rio Branco. Segundo a família, ela era formada em pedagogia e pós-graduada em ensino especial e se mudou para Brasília em busca de mais oportunidades. Antes de morrer, ela trabalhava como atendente em uma loja de shopping.

A amiga de infância da vítima, Vanessa Bessa, contou que há cerca de duas semanas, a vítima havia passado pelo trauma de perder um bebê. A família conta que ela estava no início da gravidez, cerca de 4 semanas, e descobriu que era uma gravidez ectópica.

“Inclusive perdeu um bebê há pouco tempo. Quando foi na primeira consulta para ver como estava o bebê descobriu que a gravidez era nas trompas, então ainda estava se recuperando dessa perda. Mas, pensava ainda em engravidar, disse que não tinha desistido disso”, revela.

Fonte: G1

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

scroll to top