De julho a setembro, o brasiliense aprecia a mistura com os ipês-roxos enquanto aguarda a chegada das árvores com flores nas cores rosa e branco
No Distrito Federal, quanto mais o tempo estiver seco, mais bonita fica a cidade. Pelo menos no quesito de uma espécie bem especial. É que quanto mais durar a estiagem, maior o tempo de floração dos ipês, árvores símbolo do Quadradinho. Agora, chegou a hora dos amarelos, que, junto aos roxos, conferem uma coloração de encher os olhos por toda parte.
Por aqui, são três espécies de ipês-amarelos cultivadas pela Companhia Urbanizadora da Nova Capital (Novacap): o ipê-amarelo-felpudo, também conhecido como peludo, o ipê-caraíba e o ipê-de-petrópolis.
Os três possuem diferenças nas folhas e no caule, além de alguma variação nos tons no amarelo das flores. Somadas, as árvores já floridas, até o final do ano, podemos esperar uma explosão de cores. Isso porque, entre junho e agosto, desabrocham os ipês-roxos. De julho a setembro, é a vez dos amarelos e, entre agosto e setembro, entram em cena o rosa e o branco. Seja qual for a cor, o brasiliense tem motivos de sobra para, entre esses meses, ir às ruas apreciar os ipês e registrá-los em fotografias e na memória.
O chefe do Departamento de Parques e Jardins da Novacap, Raimundo Silva, observa que os amarelos estão entre os ipês que se adaptam da melhor forma ao clima do Cerrado. “Eles se comportam bem, o que pode ser observado pelo crescimento e florescimento mais rápidos. Alguns [exemplares] plantados há três anos já apresentam flores”, destaca Silva.
As árvores que fazem parte do cartão-postal do brasiliense são tombadas como Patrimônio Ecológico do Distrito Federal, e o seu cultivo não para. Das 100 mil árvores que serão plantadas pela Novacap até o final deste ano, 40 mil são ipês – desses, 20 mil amarelos e os demais. divididos entre outros tipos da espécie. A meta do Governo do Distrito Federal (GDF) é chegar a 1 milhão de árvores em todo o Quadradinho. Atualmente, são cerca de 270 mil em todo o DF.
Além dos ipês, serão plantadas outras 30 espécies, como imbaúba, barbatimão, angico e aroeira, nativas do Cerrado, e outras oriundas de biomas diversos que se adaptam muito bem às condições do DF.
Mais que deixar a cidade bonita, a Novacap trabalha para que a fauna tenha sempre alimentos disponíveis. Por isso, muitas espécies frutíferas têm cultivo contínuo, como amoreiras, abacateiros e goiabeiras. “Temos o cuidado de fazer uma composição mista para a nossa floresta urbana que tanto nos enche de orgulho”, destaca Silva.
Para garantir essa diversidade, a companhia adquire sementes e mudas em um raio de 400 quilômetros de distância do DF, em estados como Goiás, Tocantins e Minas Gerais. “São plantas que não apresentam nenhum tipo de praga ou patógeno”, explica o chefe do Departamento de Jardins da Novacap. Qualquer plantio em área pública só pode ser feito pela Novacap. Em caso de dúvidas, basta entrar em contato pelo telefone 162.