Após ver um foto de Aderson David de Souza, vítima teria o apontado como suspeito. No entanto, Polícia Civil reconheceu que jovem não teve participação em assalto
Aderson David de Souza, de 20 anos, foi solto nesta terça-feira (7), após passar duas semanas preso injustamente no Complexo Penitenciário da Papuda, no Distrito Federal. A liberação ocorreu por decisão da Polícia Civil, que reconheceu que houve erro na condução do caso.
De acordo com os investigadores, Aderson não teve participação no crime pelo qual era acusado. No mês passado, um casal foi assaltado por três pessoas em Samambaia. O jovem foi preso após ter uma foto dele, tirada pela Polícia Militar, reconhecida por uma das vítimas.
No entanto, a família de Aderson conseguiu provar, por meio de câmeras de segurança da rua onde ocorreu o assalto e por relatos de testemunhas que estavam com o jovem no momento do crime, que ele não era um dos suspeitos.
A PCDF afirmou que, assim que tomou conhecimento que a prova estava “contaminada”, tomou providência. A corporação disse ainda que não comenta a ação de outras forças de segurança.
Já a Polícia Militar alegou ser comum o registro de fotos de suspeitos para que não haja contato com a vítima, evitando constrangimento. Os militares disseram ainda que apenas conduziram os suspeitos para a delegacia e que cabe ao delegado decidir sobre a prisão.
Crime
De acordo com relatos, a Polícia Militar entrou em duas casas, onde estariam os suspeitos do crime. Em um dos imóveis, estava um menor de idade, primo de Aderson, e o jovem. O adolescente foi apreendido e Aderson, preso.
No momento da prisão, os militares tiraram uma foto do jovem, que foi usada na sua identificação. No entanto, segundo familiares, Aderson tinha acabado de chegar em casa do trabalho.
Com as imagens de câmeras de segurança de casas da região onde ocorreu o assalto, a defesa do jovem conseguiu provar que as características físicas dos suspeitos eram diferentes das de Aderson.
Nesta terça-feira, ele comemorou a decisão. “Eu me senti injustiçado. Só por causa de uma foto condenam uma pessoa assim. Eu espero justiça e agora é só comemorar”.