Avanço é referente às pistas no sentido Ceilândia-Plano Piloto e no sentido inverso. Trânsito na pista sul será desviado para a marginal de Vicente Pires para continuidade da obra
A primeira etapa da pavimentação em concreto da via Estrutural já alcançou 9,6 km de pista – sendo 4,8 km no sentido Ceilândia-Plano Piloto e 4,8 km no sentido inverso. Atualmente, ocorrem serviços manuais, como a serragem das juntas do pavimento, o levantamento de topografia, a cura do concreto, entre outros.
A próxima etapa inclui a pavimentação em material rígido de 15,2 km – mais uma vez, metade no sentido Ceilândia-Plano Piloto e metade no sentido inverso. O trabalho começará pela pista sul, que leva os motoristas ao centro de Brasília.
O Departamento de Estradas de Rodagem do Distrito Federal (DER-DF) vai interditar a pista sul e os motoristas vão trafegar pela marginal da Vicente Pires. Para isso, está sendo preparado um desvio na altura do córrego de Vicente Pires, com acessos para a Estrada Parque Taguatinga (EPTG); para a via de ligação do Setor de Inflamáveis, no Setor de Indústria e Abastecimento (SIA); e para continuar para a via Estrutural.
A mudança será anunciada em breve. “Daremos condições aos motoristas de usarem caminhos alternativos enquanto estivermos executando a obra”, explica o responsável pela fiscalização da obra, o diretor do 3º Distrito Rodoviário do DER, Jarbas Silva.
“Essa obra é muito importante porque é uma rodovia de trânsito muito intenso”, observa Silva. “Aqui, passam mais de 80 mil veículos por dia e o pavimento asfáltico já estava muito degradado. O DER elaborou esse projeto com o pavimento em concreto que vai melhorar muito o conforto dos motoristas e o custo vai reduzir bastante ao longo do tempo”, completa.
A obra
Com investimento de R$ 55 milhões, proveniente da Agência de Desenvolvimento do Distrito Federal (Terracap), a pavimentação alcançará toda a pista nos quase 13 km no sentido Plano Piloto-Ceilândia, assim como no sentido inverso. O pavimento rígido é um material mais resistente, duradouro e de fácil manutenção. Com uma vida útil superior ao asfalto comum, suporta cargas mais pesadas, como caminhões e ônibus, sem sofrer deformações ou danos significativos, e por isso é indicado a rodovias de grande movimentação.
Até 2018, o DF somava 92,4 km em vias com essa tecnologia. Com obras importantes como a da Estrutural e das avenidas Hélio Prates e W3 Sul, o número salta para mais 242,3 km. O investimento estimado em todas elas é de R$ 400 milhões.
Amigos há mais de 40 anos, o motorista de transporte escolar Raimundo Suassuna, 57 anos, e o odontólogo Luís Castro, 56, já observam os impactos positivos da pavimentação em material rígido. Para Raimundo, que reside em Vicente Pires, a intervenção deve melhorar a qualidade de vida dos moradores da região. Ele lembra como era a situação da via anteriormente.
“O asfalto estava muito quebrado, com remendos que são até piores que estrada de chão. Então, quando a obra terminar mesmo, vamos sentir a melhora”, afirma o motorista de transporte escolar.
Luís acrescenta que o fluxo de máquinas e operários traz alguns transtornos à população, mas ressalta que o benefício final deve atingir a todos: “Quando inaugurar, tende a melhorar e muito”, diz ele, que mora no Sudoeste.