Policial militar atira na cabeça de homem durante briga em Ceilândia

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Cledson de Caldas Souza levou dois tiros e morreu, neste domingo (31), em Ceilândia, no DF — Foto: Reprodução TV

Cledson de Caldas Souza e Bruno Correa se envolveram em confusão em quiosque; briga continuou no trânsito e Cledson morreu. Militar foi liberado após prestar depoimento

Um homem de 44 anos morreu baleado por um policial militar, na madrugada de domingo (31), em Ceilândia, no Distrito Federal. Cledson de Caldas Souza levou dois tiros, um deles na cabeça, após uma briga (veja detalhes abaixo). O caso é investigado pela 15ª DP.

Segundo a Polícia Civil, o policial militar Bruno Correa, de 41 anos, se apresentou na delegacia e prestou depoimento. Ele foi liberado após entregar a arma usada no crime e 12 munições.

Em nota, a Polícia Militar disse que a vítima ameaçou o militar de morte. “Temendo por sua vida, e sua esposa e amigos que estavam no carro, o policial agiu efetuando dois disparos, um dos quais atingiu o homem”, afirma a corporação. O caso também é investigado pela Corregedoria da PMDF.

Vítima estava desarmada

De acordo com o delegado André Leite, que investiga o caso, Cledson de Caldas Souza estava desarmado e não tinha antecedentes criminais. O PM que atirou nele disse “acreditar que o homem estivesse armado” porque fez “menção de pegar algo sob a blusa”.

O delegado explicou que o militar se apresentou com um advogado e “trouxe testemunhas que presenciaram o fato”. A PCDF busca imagens de câmeras de segurança da região.

Confusão

De acordo com testemunhas, a confusão entre os dois homens começou por volta das 2h da madrugada, em um quiosque de cachorro-quente, próximo à Feira Central de Ceilândia. Depois, conforme a investigação, a vítima abordou o militar que estava dentro do carro com uma mulher e mais um casal.

Foi quando Correa atirou contra Cledson. O irmão da vítima, o motorista Cleber Souza, questionou a ação do militar e cobrou uma investigação rápida.

“Meu irmão era um cara trabalhador, tem uma filha pra criar. Ele cuidava de todo mundo aqui. Foi só uma briga de trânsito. Podia ter resolvido de outra maneira. Mas ele tirou a vida do meu irmão assim, de uma hora pra outra”, diz Cleber.

Cledson trabalhava como promotor de vendas e tinha um box na Feira do P Norte. Ele deixa uma filha de 12 anos. O enterro foi na tarde desta segunda-feira (1º), no Cemitério de Taguatinga.

O que diz a PM

“O policial militar encontrava-se com a esposa e um casal de amigos em uma lanchonete na CNM 1 em Ceilândia. No local, havia um homem muito exaltado, importunando funcionários e clientes. Testemunhas chegaram a dizer que acreditavam que ele estaria armado.

O policial chegou a falar com o homem e orientou que ele se acalmasse e saísse de lá. O homem entrou em seu carro e foi embora. Após, o policial e as pessoas com quem estava deixaram o local e ao pararem no semáforo da CNM 1, o homem que havia iniciado a confusão apareceu e deu um soco no vidro do motorista, começando a gritar que mataria o policial. O homem levou a mão até a região da cintura e o policial acreditou que ele sacaria uma arma de fogo e cumpriria sua ameaça. Temendo por sua vida, de sua esposa e amigos que estavam no carro, o policial agiu efetuando dois disparos, um dos quais atingiu o homem.

Após o ocorrido, o policial ligou para o 190 pedindo apoio e, em seguida, se dirigiu, espontaneamente, para a 15ª Delegacia. O caso está sob apuração pela PCDF e pela Corregedoria da PMDF.”

Fonte: G1

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