Vítima ficou refém por 22h, entre quarta (2) e quinta-feira (3). Homem foi preso neste domingo (6)
A polícia prendeu, neste domingo (6), o homem acusado de ter se passado por motorista de transporte pirata para estuprar uma jovem, de 21 anos, em Brasília. O crime ocorreu entre quarta (2) e quinta-feira (3), e a vítima foi mantida refém por 22 horas (saiba mais abaixo).
Segundo o delegado Herbert Léda, o homem tem 40 anos e se chama Cleber Caitano dos Santos. O titular da 4º DP, do Guará, responsável pela investigação, havia informado na sexta-feira (4) que o suspeito tinha sido identificado e que era procurado. Ele já tinha passagens pela polícia por roubo e estupro.
Moradora de Valparaíso de Goiás (GO), a vítima contou que na noite de quarta-feira esperava por um ônibus na Estrada Parque Indústria e Abastecimento (Epia) Sul, na região do Guará, mas, por ser feriado, o transporte público estava demorando muito. O agressor, então, parou o carro, disse que fazia “transporte pirata”, e ofereceu o serviço para a jovem, que entrou no veículo.
’22 horas de horror’
Em depoimento à polícia, a mulher relatou que quando chegou na altura do Park Way, o homem estacionou o carro e disse para ela “ficar calma”. O motorista, então, avisou que a vítima não conseguiria abrir a porta, que estava trancada, e que ele estava armado.
“[Ele disse] que ele só queria celular e dinheiro. Ele deu umas voltas comigo. Ele parou no mato, aí me estuprou”, contou a jovem.
Segundo a mulher, depois disso o criminoso ainda a levou até um local que não soube identificar e trocou a bolsa e o celular dela por drogas. Em seguida, conforme o depoimento, o agressor a levou para um motel, em Taguatinga, onde foi novamente estuprada.
Quase 24h depois, na noite de quinta-feira, o criminoso permitiu que a jovem fosse embora. A mulher contou que ele chamou um transporte de aplicativo para levá-la em casa, dizendo para o motorista que ela era namorada dele.
Quando entrou no carro, a vítima contou que havia sido estuprada e pediu para ir até a delegacia. Ao chegar na 4ª DP, a jovem descobriu que o pai dela já havia registrado uma ocorrência de desaparecimento.
Segundo o delegado Herbet Léda, a vítima estava muito abalada e tinha ferimentos nos pulsos e no rosto.
“Ele chegou a dar alguns tapas, intimidou moralmente, com coerção moral, para poder praticar os atos libidinosos contra a vontade dela”, disse o delegado.
Depois de prestar depoimento, a jovem ainda fez exames de corpo de delito no Instituto Médico Legal (IML).
Fonte: G1
