Polícia Civil investiga suspeito de esquema de ‘rachadinha’ no GDF

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Delegacia de Repressão à Corrupção, da PCDF, em imagem de arquivo — Foto: PCDF/Divulgação

Agentes cumprem oito mandados de busca e apreensão. Segundo investigação, homem teria indicado oito pessoas, incluindo próprio filho e empregada doméstica, para cargo comissionado

A Polícia Civil do Distrito Federal deflagrou, na manhã desta quarta-feira (3), uma operação que investiga um servidor comissionado do GDF suspeito de indicar pessoas de seu interesse a outros cargos comissionados, desde que recebesse parte do salário dos beneficiados.

A prática criminosa é popularmente conhecida como “rachadinha”. Celso Francisco de Assis foi assessor no gabinete do então vice-governador, em 2019, e assessor na Secretaria Executiva das Cidades, no ano passado. A reportagem entrou em contato com o GDF, mas não obteve retorno até a última atualização desta publicação.

Os agentes cumprem oito mandados de busca e apreensão, no Plano Piloto, Santa Maria e Recanto das Emas. Em um dos endereços, a Polícia Civil encontrou R$ 30 mil em espécie.

As investigações apontam que o servidor indicou, pelo menos, oito pessoas para cargos comissionados, incluindo o próprio filho e a empregada doméstica. A Polícia Civil afirma que eles não compareciam aos locais de trabalho.

Segundo a corporação, o suspeito tinha forte influência por atuar como assessor especial e ter atuado em campanhas de alguns políticos. A identidade do alvo da operação não foi informada até a última atualização desta reportagem.

Investigações

A Polícia Civil aponta que as outras pessoas indicadas pelo suspeito compareciam ao trabalho, mas recebiam ordens do investigado para que não cumprissem integralmente suas jornadas.

Dessa forma, alguns dos indicados iam aos locais de trabalho uma vez por mês, somente para assinar a folha de ponto. A mesma conduta era seguida pelo assessor.

De acordo com os investigadores, para ocultar os valores recebidos por meio do esquema, os repasses eram feitos para uma conta bancária de uma empresa em nome de terceiros. No entanto, o verdadeiro dono da conta é o suspeito, afirma a Polícia Civil.

O suspeito é investigado por concussão, lavagem de bens e estelionato contra a administração pública. Se condenado, ele pode pegar até 27 anos de prisão.

A operação é uma parceria entre a Delegacia de Repressão à Corrupção. vinculada ao Departamento de Combate a Corrupção e ao Crime Organizado, e o Ministério Público do Distrito Federal e Territórios, por intermédio da Promotoria de Justiça de Defesa do patrimônio Público e Social.

Fonte: G1

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