Polícia Civil investiga denúncia de estupro por policial penal em presídio feminino

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Fachada da Penitenciária Feminina da Colmeia, no DF — Foto: Reprodução TV

Detenta contou a advogado que foi tirada da cela e abusada por servidor público no último domingo (12). Ao ser informada do caso, Vara de Execuções Penais (VEP) determinou apuração e proibiu entrada de policiais do sexo masculino nas celas

A Polícia Civil investiga uma denúncia de estupro dentro da Penitenciária Feminina do Distrito Federal (PFDF) por um policial penal, no último domingo (12). Uma detenta que está presa desde a última sexta-feira (10) por tráfico de drogas contou ao advogado que foi tirada da cela e forçada a ter relações sexuais com o servidor público. A defesa então procurou a direção do presídio e relatou o caso à Justiça.

Na última terça-feira (14), a juíza Leila Cury da Vara de Execuções Penais (VEP), do Tribunal de Justiça do Distrito Federal e Territórios (TJDFT) determinou abertura de investigação e proibiu a entrada de policiais do sexo masculino nas galerias das presas sem que eles estejam acompanhados de uma policial penal mulher.

A Secretaria de Administração Penitenciária do Distrito Federal (Seape) informou que investiga o caso com “rigor” e que “foi instaurado procedimento apuratório interno para elucidação dos fatos”. Além disso, informaram que um policial penal foi “transferido cautelarmente até a conclusão das investigações”. Já o Sindicato dos Policiais Penais (Sindpol-DF) afirma que vai aguardar a conclusão das diligências para se pronunciar.

Na mesma decisão, a juíza determinou que a presa fosse levada para o Instituto de Medicina Legal (IML), no Parque da Cidade, para fazer exame de corpo de delito. A magistrada determinou, ainda, que ela fosse levada para a 20ª Delegacia de Polícia (Gama) para registrar um boletim de ocorrência. Além disso, o presídio deverá dar atendimento psicológico à mulher.

Diante da gravidade da denúncia, a juíza da VEP também exigiu a relação de todos os policiais penais do sexo masculino que trabalharam nos dias 11 e 12 de junho, os horários de escala de cada um e a lista daqueles que trabalharam no bloco em que a detenta estava no dia do estupro. Também solicitou informações sobre câmeras de monitoramento do bloco, para checar as movimentações que ocorreram no dia.

Segundo o Ministério Público do Distrito Federal (MPDFT), o caso está em fase de apuração pelos promotores do Núcleo de Controle e Fiscalização do Sistema Prisional (Nupri) e que todas as medidas estão sendo tomadas para investigar o caso.

A Polícia Civil diz que não comenta sobre casos relacionados a crimes sexuais.

Fonte: G1

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