Segundo polícia, para convencer vítimas, mulher dizia ser enfermeira da Secretaria de Saúde. No entanto, ela não possuía mais vínculo com a pasta desde 2014
Uma mulher foi presa em uma operação deflagrada pela Polícia Civil do Distrito Federal, na manhã desta sexta-feira (1º). Ela é investigada por suposta venda de vagas para cirurgias, exames e leitos de UTI na rede pública da capital (veja detalhes abaixo).
Os agentes cumpriram ainda seis mandados de busca e apreensão no Gama, Santa Maria e Recanto das Emas. Os alvos são parentes e amigos da investigada, que emprestaram contas bancárias para que os pagamentos fossem realizados.
Segundo a polícia, para convencer as vítimas, a mulher dizia ser enfermeira da Secretaria de Saúde do DF (SES-DF). No entanto, os investigadores constataram que ela exerceu um cargo comissionado na pasta, mas não possuía mais vínculo desde 2014.
As identidades dos investigados não foram reveladas pela corporação. A reportagem questionou a SES-DF sobre o caso, mas não obteve retorno até a última atualização da matéria.
Investigações
As investigações começaram em janeiro deste ano, após a Polícia Civil receber denúncias anônimas contra a suposta enfermeira. Segundo a corporação, a mulher atuava desde 2018 e se apresentava com diferentes nomes.
Em alguns casos, a enfermeira não cumpria o prometido com a venda dos procedimentos, mesmo após o pagamento. A mulher vendia ainda atestados, receitas e laudos médicos falsos, para fraudar a concessão de aposentadoria por invalidez.
A Polícia Civil afirma ter identificado uma pessoa com vínculos políticos que encaminhava pacientes à enfermeira. A partir das provas colhidas durante a operação desta sexta, a Polícia Civil busca descobrir se houve participação de servidores efetivos da Secretaria de Saúde do DF.
De acordo com a corporação, os investigados podem responder pelos crimes de estelionato, falsificação de documentos, associação criminosa e lavagem de dinheiro. Somadas, as penas podem chegar a 24 anos de prisão.
Fonte: G1