Caso foi registrado na 30ª Delegacia de Polícia; até esta quarta-feira (15), ninguém foi preso. PM diz que Parque do Bosque tem baixo índice de ocorrência
Uma mulher de 37 anos foi estuprada na frente do filho, de 9 anos, no Parque do Bosque, em São Sebastião, no Distrito Federal, na semana passada. O caso foi registrado na 30ª Delegacia de Polícia. Até esta quarta-feira (15), ninguém foi preso.
“Ele já veio pedindo dinheiro, celular. Eu falei que não tinha e ele pegou no meu braço, puxando o meu cabelo e já foi me levando para dentro do mato. Meu filho ficou desesperado. Toda vez que eu falo, eu me sinto muito mal”, disse a mulher, que não quis se identificar.
Em nota, a Polícia Militar disse que o parque possui um baixo índice de ocorrência, sendo que a corporação é sequer acionada na maioria dos casos.
A nota afirma ainda que os militares continuam realizando, 24 horas por dia, o patrulhamento na região e que não é possível permanecer no local de forma ininterrupta, pois São Sebastião, como um todo, precisa de policiamento.
Trauma
De acordo com a vítima, o crime aconteceu por volta das 16h30, em um trilha que liga o bairro Vila Nova ao bairro do Bosque, em São Sebastião. Muitos moradores usam o caminho, mas, na hora do ataque, não passava ninguém.
“Ele me obrigou fazer coisas que eu não queria fazer. No momento do desespero, meu filho chegou ao ponto de dizer: ‘faz, mamãe, para ele deixar a gente em paz'”, contou a vítima. Após o ataque, o criminoso saiu correndo. A mulher e o filho pediram ajuda para outras pessoas.
Traumatizada, a vítima do estupro não frequenta mais o parque e mudou a rotina. “Eu ainda não consegui ir para o trabalho. Eu estou tentando mudar meu filho de escola para a gente ter que ir por outro caminho e não precisar passar por essa mata”, conta.
“Não foi minha culpa, mas eu me senti culpada de ter acontecido tudo que aconteceu. Foi uma coisa horrível, [que] eu não desejo para ninguém”, disse a vítima.
Insegurança
Durante a noite, a insegurança na trilha onde ocorreu o crime é ainda maior. Em um trecho, há poucos metros da pista, não tem nenhum poste de iluminação.
“A insegurança aqui dentro dessa área é constante. Sempre recomendamos para minha esposa e filha tomarem cuidado quando fazem caminhada aqui para não estarem andando sozinha”, disse Gilberto dos Reis.
A Maiara dos Santos também sente medo quando frequenta o parque. “É perigoso. Tem que escolher o horário. Normalmente, a gente caminha mais durante o dia. Meu irmão, esses dias, quase foi assaltado. Não foi porque não estava com nada”, contou a auxiliar administrativa.
Fonte: G1
