Mulher dá à luz no chão do Hran e família acusa hospital de omissão

HRAN.jpg

Parto de uma paciente é realizado no chão do HRAN — Foto: Reprodução TV

Secretaria de Saúde informou que ‘em função do avanço do trabalho de parto, por questões de segurança, optou-se pelo parto no chão’

Uma mulher deu à luz no chão no Hospital Regional da Asa Norte (Hran), em Brasília, e a família acusa a unidade de saúde de omissão, por causa da demora no atendimento. O caso foi na sexta-feira (1°).

Em nota, a Secretaria de Saúde informou que, em função do avanço do trabalho de parto, por questões de segurança, optou-se pelo parto no chão. Segundo a pasta, a médica pegou o bebê e ele não teve contato com o chão. A secretaria disse ainda que a criança passou por procedimentos dentro dos protocolos normais pós-parto.

O pai da criança, Rafael Maciel, conta que chegou com a esposa ao hospital às 3h de sexta-feira (1°). A mulher estava com 39 semanas de gestação e sentia dores abdominais e contrações.

“Aguardamos até 5h da manhã quando fomos atendidos pela primeira médica. Ela fez o exame do toque, tinha três centímetros de dilatação, então ela pediu para que a gente aguardasse por duas horas ou caso as contrações voltassem a se intensificar ou a bolsa estourasse para que a gente retornasse para que minha esposa fosse internada”, afirma.

Segundo o marido da gestante, por volta das 6h, as contrações ficaram muito mais fortes. Rafael diz que avisou a equipe, mas ninguém deu atenção. Pouco tempo depois, quando a mulher foi ao banheiro, a bolsa se rompeu.

“Pedi, implorei, saí, bati nas portas, chamei, gritei, implorei, pedi socorro dentro do hospital. Ninguém apareceu, não tinha ninguém no consultório”, diz o marido da gestante.

Rafael afirma que uma enfermeira apareceu depois de quarenta minutos e ajudou a mulher a caminhar até o consultório mais próximo. Foi o tempo de chegar, deitar no chão e o neném nascer. O recém-nascido precisou ser reanimado.

A mãe e o bebê passaram dois dias internados na maternidade do Hran e agora estão em casa. A família procurou a 5ª Delegacia de Polícia (Asa Norte) e o caso foi registrado como omissão de socorro.

“Um momento que era para ser de alegria, se tornou um momento de pânico, desespero total. Graças a Deus meu filho está com saúde. […] Poderia ter perdido os dois”, diz.

Fonte: G1

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

scroll to top