Homem de 26 anos que morreu após desmaiar dentro de cisterna, em Águas Claras, será enterrado nesta sexta-feira

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Cisterna onde dois operários caíram e morreram no Distrito Federal — Foto: Reprodução TV

Outra vítima, de 53 anos, deve ser sepultada sábado (1º). Acidente foi na quarta-feira (28); trabalhador resgatado com vida espera por leito de UTI no Hospital de Base

O corpo do operário Wanderson Soares da Silva, de 26 anos, que morreu enquanto trabalhava na cisterna de um prédio, em Águas Claras, no Distrito Federal, será enterrado na manhã desta sexta-feira (30), no Cemitério Campo da Esperança, em Taguatinga. Já o enterro de Gutemberg José de Santana, de 53 anos, está previsto para sábado (1º).

Os dois homens morreram na tarde de quarta-feira (28) depois de desmaiar quando entraram no reservatório (saiba mais abaixo). Outros dois trabalhadores ficaram ferido. Um deles teve alta do hospital nesta quinta (29), o outro está internado no Hospital de Base, em estado gravee espera uma vaga na UTI.

Segundo testemunhas, um dos homens entrou na cisterna para recuperar uma bomba que caiu, mas desmaiou. Os outros três tentaram ajudar, mas também passaram mal. O grupo não usava equipamentos de proteção para a realização do serviço.

Perícia

Na tarde desta quinta-feira, a Polícia Civil fez uma perícia no prédio. Os policiais fotografaram a cisterna, mediram o espaço e analisaram as condições da bomba que pode ter gerado o gás que teria feito com que os trabalhadores perdessem a consciência dentro do poço.

Segundo o Corpo de Bombeiros, que fez o resgate dos trabalhadores, a combustão da bomba usada no serviço para retirar a água da cisterna produziu o gás que fez com que os homens desmaiassem no poço, que tem 7 metros de profundidade. De acordo com os militares, os operários ficaram submersos na lama.

A reportagem procurou o responsável pelo condomínio, que fica na quadra 208 de Águas Claras, mas foi informada que o síndico não estava.

Quem são os mortos no acidente

Wanderson Soares da Silva morreu após passar mal em cisterna em que trabalhava, no DF — Foto: Reprodução

Wanderson Soares da Silva tinha 26 anos, era casado e morava em Samambaia. Ele estava desempregado e, enquanto procurava um emprego como vigilante, fazia bicos.

O pai de Wanderson, Carlos Antônio da Silva, conta que há quatro meses o filho era chamado para alguns trabalhos na empresa que prestou serviço para o condomínio de Águas Claras.

“O risco era eminente, mas se o síndico tivesse informado pra empresa que existia essa possibilidade, eles só iam entrar lá com EPI [equipamento de proteção individual]. Chamaram ele para ir trabalhar, insistiram e ele disse ‘eu vou, porque a gente tá precisando e eu vou’, e ele saiu”, conta o pai.

Gutemberg José de Santana morreu após cair em cisterna em que trabalhava no DF — Foto: Reprodução

Gutemberg José de Santana tinha 53 anos e deixa um filho de 20 anos. Segundo uma prima, ele fazia trabalhos pontuais para a empresa, mas sem vínculo empregatício.

“Ele não ia trabalhar nesse dia e, de repente, do nada, ele falou que ia fazer um serviço que duraria uma hora. Duas horas depois, chegou a notícia do falecimento dele. A polícia tem que entrar no caso, tem que ser investigado, até mesmo para que outras famílias não passem o que estamos passando hoje”, diz Juliete Santana.

Fonte: G1

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