Menina, de 13 anos, contou à família que foi assediada por três alunos dentro do CEF 2. Secretaria de Educação diz que repudia qualquer tipo de assédio e que estudante foi transferida de escola
A Polícia Civil do Distrito Federal investiga uma denúncia de importunação sexual contra uma adolescente autista dentro de uma escola pública de Brasília. A menina, de 13 anos, contou à família que foi assediada por três alunos dentro do Centro de Ensino Fundamental (CEF) 2 do Guará.
“Durante o intervalo, três alunos a abordaram no pátio da escola e um deles a segurou pela cintura e apalpou seu seio, enquanto os outros dois ficavam rindo da situação. E ele contou para ela que se contasse para alguém, ele faria coisa pior”, diz a mãe da menina.
A adolescente estudava na escola há um ano e meio e cursava o oitavo ano. Após o suposto assédio, ela deixou de frequentar às aulas.
A Secretaria de Educação informou que repudia qualquer tipo de assédio e que a estudante foi transferida à pedido da família (veja nota completa no final da reportagem).
A mãe da menina conta que procurou a escola para entender o que tinha acontecido e que a direção propôs uma conversa entre a filha e os três adolescentes. A mãe não aprovou a ideia.
“Eu voltei a procurar a escola com meu advogado e a minha mãe, e ela [diretora] voltou a dizer que o procedimento da escola era resolver com conversa e ainda disse que a questão de assédio era normal e corriqueiro”, conta a mãe da adolescente.
A mãe da adolescente registrou o caso como importunação sexual na 4ª Delegacia de Polícia, no Guará, e decidiu entrar com uma ação na Justiça contra o colégio. A Polícia Civil disse que vai identificar os envolvidos e encaminhar a investigação para a Delegacia da Criança e do Adolescente (DCA).
Íntegra da nota da Secretaria de Educação
“A Secretaria de Estado de Educação do Distrito Federal informa que o processo administrativo instaurado no âmbito da Corregedoria ainda está em apuração. Por se tratar de um caso envolvendo de menores de idade, a Pasta não irá se manifestar para não atrapalhar as investigações e expor os envolvidos na situação, uma vez que o caso já está sendo investigado pelas autoridades competentes.
A SEEDF ainda informa que a transferência da estudante envolvida no caso para outra escola já foi realizada pela Coordenação Regional de Ensino do Guará a pedido da própria família.
A Pasta ressalta, ainda, que repudia qualquer tipo de assédio e reforça o compromisso e empenho na busca por elementos que permitam o esclarecimento dos fatos, bem como o suporte aos envolvidos.”
Fonte: G1
