Crime foi por volta das 12h desta sexta-feira (11), em Arniqueiras. Segundo PM, suspeito está foragido
Uma policial civil, de 45 anos, foi morta pelo ex-companheiro no início da tarde desta sexta-feira (11), no Distrito Federal. O crime foi por volta das 12h, em Arniqueiras.
Valderia da Silva Barbosa Peres era agente da Polícia Civil e trabalhava na Delegacia de Atendimento à Mulher II (Deam II), em Ceilândia. O suspeito, Leandro Peres Ferreira está foragido.
O Sindicato dos Policiais Civis do Distrito Federal (Sinpol-DF) divulgou uma nota de pesar e disse que “A perda de Valderia é uma triste lembrança do quão importante é o fortalecimento da luta no combate à violência contra a mulher em nossa sociedade. Seu legado servirá como inspiração para todos os profissionais que, assim como ela, estão empenhados em fazer do mundo um lugar mais seguro e justo para as mulheres” (veja íntegra da nota ao final da reportagem).
Segundo a Polícia Civil, o corpo da vítima foi encontrado pelo filho dela, por volta das 12h30. Na delegacia, o jovem contou que chegou na casa da mãe e ela não atendeu e a porta do quarto estava fechada.
Ele deu a volta na casa, foi até a janela do quarto e abriu por fora. Quando entrou no cômodo, encontrou o corpo da mãe caído no chão do banheiro.
Segundo o jovem, a mãe estava vestida e cercada de sangue. Ele percebeu um corte profundo no pescoço da vítima, “provavelmente, feito com uma arma branca”. O jovem disse ainda que a casa estava desarrumada e sem nenhum sinal de assalto.
Casal em processo de separação
O filho de Valderia contou à polícia que a mãe e Leandro estavam em processo de separação e que o homem havia saído de casa há cerca de um mês, mas insistia em reatar o relacionamento. Segundo o jovem, o suspeito procurava a mulher no trabalho e em outros ambientes que ela frequentava.
Ele disse ainda que nunca presenciou algum episódio de agressão entre o casal, mas afirmou que o suspeito “era possessivo, às vezes tinha surtos e gritava muito”. Segundo o jovem, Leandro adquiriu um carro vermelho recentemente e vizinhos informaram que viram um veículo vermelho no condomínio nesta sexta-feira.
Foragido
A Polícia Civil divulgou a imagem de Leandro Peres Ferreira para que a população possa ajudar a localizar o homem. As denúncias podem ser feitas de forma anônima, por meio dos canais on-line de denúncia, no site da PCDF, ou mesmo pelo Disque-Denúncia 197, a ligação é gratuita e o sigilo absoluto.
Como denunciar violência contra as mulheres?
A Secretaria de Secretaria de Segurança Pública do DF (SSP) tem canais de atendimento que funcionam 24h. As denúncias e registros de ocorrências podem ser feitos pelos seguintes meios:
- Telefone 197
- Telefone 190
- E-mail: denuncia197@pcdf.df.gov.br
- Delegacia eletrônica
- Whatsapp: (61) 98626-1197
O DF tem duas delegacias especializadas no atendimento à mulher (Deam), na Asa Sul e em Ceilândia, mas os casos podem ser denunciados em qualquer unidade.
O Ministério Público do Distrito Federal e Territórios (MPDFT) também recebe denúncias e acompanha os inquéritos policiais, auxiliando no pedido de medida protetiva na Justiça.
Em casos de flagrante, qualquer pessoa pode pedir o socorro da polícia, seja testemunha ou vítima.
No Distrito Federal, ainda existe o Programa Violeta, que é focado no atendimento de crianças e mulheres vítimas de violência sexual e estupro. O acolhimento é feito por uma equipe multiprofissional, composta por assistente social, ginecologista, psiquiatra, psicólogos, técnica em enfermagem e técnicas administrativa.
O serviço é prestado no Hospital Materno Infantil de Brasília (HMIB), de segunda a sexta-feira, das 8h às 18h.
A Secretaria de Justiça e Cidadania também tem canais de denúncia de casos de violência contra a mulher. Há, por exemplo, o Centro Integrado 18 de Maio, que trata de ocorrências de exploração sexual de crianças.
O Conselho Tutelar também recebe denúncias de violação de direitos de crianças e adolescentes. Ainda há o Disque 100, que trata da violação de direitos humanos.
Delegacia Especial de Atendimento à Mulher (DEAM)
- Endereço: EQS 204/205, Asa Sul, Brasília
- Telefones: (61) 3207-6195 e (61) 3207-6212
Delegacia de Atendimento Especial à Mulher (DEAM II)
- Endereço: QNM 2, Conjunto G, Área Especial, Ceilândia Centro
- Telefone: (61) 3207-7391
Ministério Público do Distrito Federal e Territórios (MPDFT)
- Endereço: Eixo Monumental, Praça do Buriti, Lote 2, Sala 144, Sede do MPDFT
- Telefones: (61) 3343-6086 e (61) 3343-9625
Prevenção Orientada à Violência Doméstica (Provid) da Polícia Militar
- Contato: 3190-5291
Central de Atendimento à Mulher do Governo Federal
- Contato: 180
Centro Integrado 18 de Maio
- Endereço: SHCS EQS 307/308
- Telefone: (61) 2244 – 1512 e (61) 98314 – 0636
Conselho Tutelar
- Endereços: clique aqui e consulte
- Telefone: 125
Disque 100
Íntegra da nota do Sinpol-DF
“É com profunda tristeza e consternação que a diretoria do Sinpol-DF lamenta o trágico falecimento, nesta sexta, 11, da agente de polícia Valderia da Silva Barbosa Peres, vítima de um crime brutal e covarde.
Valderia dedicou sua carreira e sua vida à proteção das mulheres, atuando com coragem e determinação na Delegacia Especial de Atendimento à Mulher (Deam) 2, em Ceilândia.
A perda de Valderia é uma triste lembrança do quão importante é o fortalecimento da luta no combate à violência contra a mulher em nossa sociedade. Seu legado servirá como inspiração para todos os profissionais que, assim como ela, estão empenhados em fazer do mundo um lugar mais seguro e justo para as mulheres.
Neste momento de luto, o Sinpol-DF expressa os mais sinceros sentimentos à família, amigos e colegas de Valderia. Que encontrem conforto nas lembranças dos momentos compartilhados e na certeza de que sua dedicação e bravura jamais serão esquecidas.
Os policiais civis do DF reafirmam o seu compromisso no combate à violência contra as mulheres, em homenagem à memória da policial civil Valderia e de todas as mulheres que perderam suas vidas de forma injusta. Que sua coragem seja inspiração e guie a sociedade na busca por um futuro sem violência e melhor para todas as mulheres”.
Fonte: G1