Médico do Hospital de Base do DF alerta sobre a doença transmitida pelo Aedes aegypti e destaca cuidados para evitar a proliferação do mosquito
Com quatro sorotipos distintos, a dengue pode se manifestar de formas diversas, desde sintomas leves até casos graves que demandam cuidados intensivos. O médico infectologista Tazio Vanni, do Hospital de Base do DF, aborda alguns aspectos da doença.
A dengue é classificada como um arbovírus, tendo como vetor principal o mosquito Aedes aegypti. “Eles podem circular no mesmo momento, numa determinada sazonalidade, ou podem circular com a predominância de um sobre o outro”, aponta o infectologista. Isso significa que a presença simultânea de diferentes sorotipos pode ocorrer, ampliando o desafio no controle da doença.
Os sintomas comuns incluem febre, erupções cutâneas, dor de cabeça e articulações, além de epidemia conjuntival. Ainda não existe, segundo o médico, um antiviral específico para a dengue. “Temos expectativa de que novas ferramentas sejam aprovadas para a utilização em pacientes com dengue, mas essas ferramentas ainda precisam passar por testes e estudos”, explica Tazio Vanni.
“Usamos as medidas usuais para a doença febril, como hidratação, repouso, entre outras; e, em um quadro grave que necessita de cuidados intensivos, adotamos todas as medidas usuais no ambiente de UTI”, detalha o médico. “O combate à dengue exige uma abordagem integrada da comunidade e das autoridades de saúde. A prevenção continua sendo nossa principal arma.”
Veja, abaixo, algumas dicas para se prevenir contra a dengue.
→ Elimine recipientes que acumulem água parada, local propício para a reprodução do mosquito;
→ Utilize repelentes e vista roupas adequadas, especialmente durante o período de maior atividade do inseto – o começo da manhã e o início da noite;
→ Instale telas em janelas e portas para evitar a entrada do Aedes aegypti;
→ Mantenha caixas-d’água vedadas e limpas;
→ Colabore com ações de controle promovidas pelas autoridades locais;
→ Fique atento aos sintomas e adote medidas preventivas para combater a proliferação da dengue, uma ameaça que, mesmo sem tratamento específico, pode ser controlada com ações simples e conscientização.