De Brasília a Paris: DF terá 16 representantes nos Jogos Olímpicos e Paralímpicos

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Carla Maia vai participar dos Jogos Paralímpicos pela primeira vez e também diz ter conseguido a vaga em viagens financiadas pelo Compete Brasília | Foto: Divulgação

Parte deles é apoiada por programas de incentivo ao esporte do GDF, como o Compete Brasília e o Bolsa Atleta

Paris é a cidade mais visitada do mundo. Mas, a partir do próximo dia 26, a capital francesa receberá um grupo que não estará lá a passeio: os 551 atletas que vão representar o Brasil nos Jogos Olímpicos e Paralímpicos de 2024. O Distrito Federal, é claro, estará presente, com sete atletas olímpicos e nove paralímpicos. Parte deles conta com apoio de programas do Governo do Distrito Federal (GDF) para buscar o lugar mais alto do pódio.

Um dos principais nomes do atletismo no Brasil, Caio Bonfim tem no currículo quatro medalhas em Jogos Pan-Americanos e duas em Mundiais. Ele é apoiado pelo GDF desde os primeiros passos na marcha atlética, nas pistas de Sobradinho. “Comecei a marchar em 2007 e recebo o Bolsa Atleta desde 2007. Então não tem como falar da minha história sem falar do Bolsa Atleta”, afirma.

 

Gabriela Muniz, atleta de marcha atlética: “Com certeza [o Bolsa Atleta] é de suma importância, porque, através dele, consigo comprar meus suplementos, meus tênis — um tênis com placa de carbono para o meu esporte custa mais de R$ 3 mil e a gente precisa de uns três por ano — e até para pagar as passagens” | Foto: Divulgação

Esta será a quarta Olimpíada dele. E a chegada a ela foi possibilitada pelo Compete Brasília, programa que, só no ano passado, atendeu 4.937 atletas, com investimento de R$ 8,5 milhões. “Eu sempre digo que projeto bom é o que dá oportunidade, e a Secretaria [de Esporte e Lazer] tem sido uma parceira. Quando eu fiz o índice [que o classificou a Paris], foi com uma passagem paga pelo Compete Brasília. Então, ele me dá essa oportunidade, me dá essa estrutura para poder mostrar o meu trabalho”.

Carla Maia vai participar dos Jogos Paralímpicos pela primeira vez e também diz ter conseguido a vaga em viagens financiadas pelo Compete Brasília. Uma delas, para a Polônia, lhe possibilitou uma mudança de categoria. Outra, para a Tailândia, ela avalia, foi crucial para que fosse chamada à capital francesa. “Influenciaram diretamente, com certeza, na minha convocação para a Paralimpíada e para poder representar Brasília e o Brasil lá em Paris.”

A vaga é a realização de um sonho de 20 anos. Em 2004, Carla, que é atleta de tênis de mesa, não conseguiu a classificação para os Jogos de Atenas por apenas um set. “Aquilo ali virou um propósito na minha vida”, relata. “Eu já estava realizada no esporte com as coisas que eu fazia, as competições, as vezes que eu representava o Brasil. Mas meu sonho sempre foi ir para a Paralimpíada. Então, eu acho que minha maior motivação era essa. E finalmente chegou a minha vez.”

 

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