Volume autorizado pela Adasa é de 245 litros por segundo. Já a água pluvial que cair sobre a construção será lançada no sistema de drenagem da cidade
Minimamente pensado em cada detalhe, o Túnel de Taguatinga está com o seu sistema de drenagem definido. Onde a água de chuva cair na maior obra do Distrito Federal em andamento, o destino estará bem encaminhado. Se for sobre o túnel, a água será lançada no sistema de drenagem de Taguatinga, mas se cair dentro do túnel, a destinação será o Córrego do Cortado.
O projeto prevê que a água de chuva captada dentro do túnel seja lançada no córrego, com volume permitido de 245 litros por segundo. A autorização foi concedida pela Agência Reguladora de Águas, Energia e Saneamento do Distrito Federal (Adasa).
“O projeto de drenagem do Túnel de Taguatinga prevê que o volume a ser lançado durante as chuvas é compatível com o que o córrego suporta. Isso é o que a Adasa analisou e disse que o projeto está ok. Quando se tem um sistema de drenagem, a água captada precisa ser lançada no corpo hídrico e, neste caso, é o Córrego do Cortado”, explica o subsecretário de acompanhamento ambiental e políticas de saneamento da secretaria de obras do DF, Aldo Fernandes.
De acordo com a Adasa, a outorga é um instrumento da Política de Recursos Hídricos que tem como objetivo assegurar o controle quantitativo e qualitativo dos usos da água e o efetivo exercício dos direitos de acesso à água.
Conforme a Resolução Adasa nº 350/2006, toda captação ou lançamento em corpo hídrico superficial ou subterrâneo ou outros usos que venham a afetar alteração do regime hídrico de um corpo de água, depende de outorga de direito de uso de recursos hídricos.
“Não pode ser lançada de qualquer forma, porque pode lançar sujeira no córrego, um volume acima do permitido. Como o projeto está em conformidade, foi concedida a outorga pela Adasa”, acrescenta.
“Uma impressão que algumas pessoas têm é de que vai cair muita água dentro do túnel, mas isso é um engano, vai cair pouca água dentro dele. Se estiver chovendo forte só vai escorrer para dentro do túnel aquilo que cair na boca do túnel, o que cair sobre ele vai para o sistema de drenagem da cidade”, detalha Aldo Fernandes.