Animal estava em espaço onde fica um galinheiro do colégio rural que atende crianças do ensino fundamental. Segundo Polícia Militar Ambiental, serpente é da espécie ‘Boa Imperator’, que não existe no Brasil
Uma cobra exótica foi encontrada em uma escola do Park Way, no Distrito Federal, nesta terça-feira (29). O animal estava em um espaço onde fica um galinheiro da Escola Classe Ipê, uma escola pública da área rural de Brasília, que atende crianças do ensino fundamental.
O Batalhão da Polícia Militar Ambiental (BPMA) foi chamado e resgatou a serpente. O animal foi levado para Centro de Triagem de Animais Silvestres de Animais Silvestres (Cetas) do Ibama.
Segundo o Batalhão Ambiental, a cobra é da espécie “Boa constrictor imperator“, que não existe no Brasil, o que indica que ela fugiu de algum criador. A Polícia Civil investiga.
Que cobra é essa?
De acordo como biólogo Henrique Costa, a espécie “Boa imperator” é um tipo de jiboia que ocorre apenas na América Central. Ele explicou que, apesar do tamanho e do apetite assustarem, as jiboias são serpentes não peçonhentas, ou seja, elas não têm veneno, mas possuem dentes, portanto, essa espécie pode morder. E uma outra curiosidade: elas “encapsulam” outros animais.
“Elas ficam de espreita até que dão um bote, mordem e depois, se enrolam em torno da presa. Essa cobra pressiona com tanta intensidade, que acaba matando o animal por parada cardiorespiratória porque o sangue para de circular e não chega aos órgãos vitais da presa, conta Henrique.
O Centro de Triagem de Animais Silvestres de Animais Silvestres (Cetas/DF) confirmou que recebeu, nesta terça-feira (29) “por meio de um resgate realizado pela BPMA, uma serpente da espécie Boa constrictor imperator”. Segundo o órgão, a serpente não é “microchipada“, ou seja, não tem um chip de rastreamento, e por isso não é possível identificar um criador de origem.
“O caso será encaminhado a Diretoria de Proteção Animal para que os encaminhamentos pertinentes sejam tomados, inclusive uma possível investigação, a critério do setor competente”, diz o Cetas.
Fonte: G1