Animal, ameaçado de extinção, foi visto ferido, mas ainda com vida, no início da manhã desta segunda-feira (4). No entanto, morreu horas depois; corpo foi levado ao Hospital Veterinário da UnB
Uma anta morreu após ser encontrada ferida no início da manhã desta segunda-feira (4) na Estrada Parque Indústria e Abastecimento (Epia) Norte, próximo a uma área de proteção ambiental, perto da Granja do Torto.
O animal foi avistado por volta das 6h, ainda vivo, com um ferimento na parte traseira do corpo e uma das patas quebradas, o que o impedia de levantar. Horas depois, ele não resistiu aos machucados. A suspeita é de que anta tenha sido atropelada.
O corpo foi recolhido pelo Batalhão da Polícia Militar Ambiental e levado ao Hospital Veterinário da Universidade de Brasília (UnB), para realização de autópsia. A anta é o maior mamífero terrestre da América do Sul, e está ameaçado de extinção (veja detalhes abaixo).
Chamado e resgate
Após o aviso sobre a anta ferida, a PM Ambiental foi chamada ao local para fazer o resgate, assim como uma equipe técnica do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio), que faz a gestão da área de proteção ambiental perto de onde aconteceu o acidente.
As equipes chegaram ao local por volta das 8h. De acordo com a PM, a anta pode ter sido atropelada ainda de madrugada.
Segundo a equipe do ICMBio, o movimento de abrir e fechar a boca do animal indicava que ele estava com uma hemorragia interna. Com o passar do tempo, o bicho passou a reagir cada vez menos e acabou falecendo.
Ameaça de extinção
Segundo informações do ICMBio, as antas chegam a pesar 300 quilos. O animal é um importante dispersor de sementes, por conta da dieta “generalista”, com consumo de diferentes partes das plantas, como folhas, frutos, ramos e até cascas das árvores.
No entanto, a espécie está ameaçada de extinção. A população do animal, no cerrado, sofreu declínio de 67% nos últimos 40 anos, sendo que 80% das antas neste bioma têm baixa probabilidade de sobrevivência a longo prazo.
A ameaça às antas se deve principalmente a queimadas, caça, perda de habitat, avanço de territorialidade agrícola e atropelamentos.
Fonte: G1