Adolescente de 13 anos denuncia agressão de pastores de igreja evangélica em Ceilândia

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Culto na igreja Sara Nossa Terra de Ceilândia — Foto: Facebook/Repropdução

Menino diz que foi ao templo convidado por amigos, no último sábado (5). Segundo mãe, líderes religiosos se irritaram enquanto jovem conversava durante exibição de filme; igreja não se manifestou

Um adolescente de 13 anos afirma ter sido agredido por pastores durante uma atividade em uma unidade da igreja Sara Nossa Terra, em Ceilândia, no Distrito Federal, no último sábado (5). De acordo com a mãe dele, Patrícia Alves de Sousa, o filho levou um mata leão, socos e chutes de, pelo menos, sete homens.

Patrícia Alves de Sousa conta que o filho foi convidado por amigos para ir a uma atividade da igreja, e que os líderes religiosos se irritaram porque ele conversava durante a exibição de um filme. A família registrou um boletim de ocorrência na 15ª Delegacia de Polícia, em Ceilândia.

O caso é investigado como lesão corporal.

Relato da família

A mãe do adolescente conta que a agressão ocorreu durante uma atividade na igreja Sara Nossa Terra, de Ceilândia. “Foi ele, o irmão, um primo e dois colegas. Eles foram nesse culto, participaram, e depois teve um cinema, atrás da igreja. Eles foram ver o filme”, diz.

“Meu filho, no decorrer do filme, estava conversando, sorrindo, brincando. Ele é muito gaiato. Mas ao invés de chegar nele e conversar, quando acabou o filme, quando meu filho estava de costas, um pastor veio e deu um mata leão nele. Nisso, ele já caiu e vieram os outros chutando”, conta Patrícia.

O jovem relatou que, além das agressões físicas, os líderes o chamaram de “capeta”, “desgraça” e outros xingamentos, enquanto diziam que iam matá-lo. De acordo com Patrícia, os próprios jovens que estavam com o filho dela chamaram a Polícia Militar (PMDF) e o Corpo de Bombeiros Militar (CBMDF) para prestar socorro.

A PM não chegou a atender a ocorrência, mas os bombeiros foram ao local e encaminharam o jovem ao Hospital Regional de Ceilândia (HRC). A família também levou o adolescente para fazer um exame de corpo de delito no Instituto Médico Legal (IML).

“Graças a Deus, não quebrou nada. Ele só tá com umas escoriações na perna e no ombro, e muita dor na coxa”, diz a mãe.

Segundo Patrícia, o filho mais velho dela entrou em contato com o pastor suspeito de agredir o adolescente. Ela diz que o religioso manifestou intenção em se desculpar, mas a família pretende acionar a Justiça.

“Ele [o pastor] praticamente assumiu a culpa. Ele falou pra gente ir lá, que eles vão pedir desculpas pra mim, pros meus filhos, que não quer confusão, e isso e aquilo. Mas não foi o primeiro jovem com quem eles fizeram isso, e eles pensam que resolvem só pedindo desculpas.”

Fonte: G1

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