Policial penal é investigado por agredir segurança no Hospital de Base

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Fachada do Instituto Hospital de Base do Distrito Federal — Foto: Gabriel Jabur/Agência Brasília

Caso ocorreu no dia 7 de fevereiro. Comissão de Direitos Humanos da Câmara Legislativa do DF, Ministério Público e Polícia Civil apuram caso

O Ministério Público do Distrito Federal (MPDFT) e a Polícia Civil investigam um policial penal suspeito de abuso de autoridade dentro do Hospital de Base de Brasília. A suspeita é de que o homem tenha agredido um segurança da unidade de saúde, no dia 7 de fevereiro.

Apenas este ano, segundo a Comissão de Direito Humanos, da Câmara Legislativa do DF (CLDF), a capital já registrou 10 denúncias de violência policial em 2023 (veja mais abaixo). Segundo testemunhas, o funcionário do hospital foi agredido após o policial não se identificar “de forma clara”.

De acordo com funcionários do local, ao ser questionado pelo segurança, o policial penal teria dado início às agressões físicas e verbais. O policial chegou a imobilizar o segurança com o pé sobre a cabeça do funcionário do hospital.

Denúncia enviada ao PMDFT, sobre abuso de poder de policial penal do DF — Foto: Reprodução TV

Em seu depoimento à polícia, o segurança disse que o policial penal apontou uma arma para a cabeça dele. Por outro lado, suspeito afirma que o segurança do hospital agiu de forma desrespeitosa e o ameaçou, colocando a mão no revólver durante a conversa.

Nesta segunda-feira (13), a Secretaria de Administração Penitenciária informou que abriu um procedimento interno para apurar os fatos. O Instituto de Gestão Estratégica de Saúde (Iges-DF) respondeu que apura a ocorrência e que enviou imagens à polícia.

Casos

A Comissão de Direitos Humanos da Câmara Legislativa do Distrito Federal é um canal que recebe denúncias de violência policial. De lá saem os pedidos de investigações sobre a conduta dos policiais, e, a maioria, é de policiais militares.

De acordo com a comissão, ao longo dos últimos três anos, o número de denúncias aumentou. Em 2020, foram 11, e no ano seguinte, 28 casos.

Em 2022, foram registradas 40 denúncias. E no começo de 2023, a comissão já contabilizou 10 denúncias de violência policial, quase o total do ano de 202 inteiro.

Segundo o presidente da Comissão de Direito Humanos da CLDF, deputado Fábio Félix (PSOL), todos os casos são encaminhados às corporações, e a comissão cobra apuração e punição para os responsáveis, quando o abuso é comprovado.

“A gente cobra que se abra uma investigação, para cada um dos casos, de forma individualizada. E depois a gente cobra qual foi o desdobramento dessa investigação. Se houve punição, qual foi a consequência daquela investigação. As polícias militar quanto civil, qualquer agente do Estado, precisa de fiscalização, de órgãos de controle e também da sociedade civil. O controle democrático das polícias ele é fundamental, porque a gente tá falando de agentes do Estado que atuam de forma violenta, à mão armada”, afirma Fábio Félix.

No entanto, de acordo com o porta-voz da Polícia Militar (PMDF), Major Michello Bueno, os policiais são capacitados para atender a população sem agir de forma violenta. “Nós temos orgulho de dizer que a PMDF tem o menor índice de letalidade do país inteiro. E tem o menor índice disparado. Temos o índice de 2,7% de mortes intencionais causadas por ações policiais. No resto do país chega a perto de 13%. Então a violência no DF é muito baixa se comparado ao resto do país. A mais baixa. Nossos policiais são muito bem preparados, profissionais no que fazem”, diz.

Fonte: G1

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