Evento realizado no Museu da República pela Sejus e parceiros garante direitos legais a casais e custo zero com despesas
Ponto alto de um enlace romântico, o matrimônio representa um rito de passagem na trajetória de casais que prometem selar pacto de toda uma vida até que a morte os separe. Foi o que aconteceu na tarde deste domingo (19) com 38 pombinhos que trocaram alianças durante a sétima edição do Casamento Comunitário.
O evento, realizado no auditório do Museu da República, é uma iniciativa da Secretaria de Justiça e Cidadania, com o apoio de instituições parcerias e voluntários, garantindo o direito legal da união entre pessoas de baixa renda e custos zero de cartório. “É uma ação que traz não apenas segurança jurídica aos participantes, mas muita emoção também que começa com a preparação das noivas, decoração, música, até chegar ao registro final com a foto”, comenta o secretário de Justiça e Cidadania, Jaime Santana. “Nossa missão é levar dignidade, justiça e cidadania para esses noivos numa ação que conta com muitos parceiros e voluntários”, diz.
Até o momento, na atual gestão, foram oficializadas 266 uniões. Em 2020, foram 41 matrimônios realizados em uma única edição. No ano seguinte, 2021, o número de casórios saltou para 125, realizados em três momentos. Este ano, com os 39 casais deste domingo, foram 100 uniões oficializadas em três edições até agora.
Programa
Desde abril de 2021, o Casamento Comunitário é instituído como programa graças ao Decreto nº 41.971. A ideia da ação é a de isentar os custos de cartório, consolidar as famílias de baixa renda que recebem até dois salários mínimos nesse tipo de união, promovendo a proteção jurídica, o protagonismo social e os direitos humanos.
Grávida de sete meses, a jovem Lívia Maressa da Silva Cordeiro, 19 anos, não esconde a emoção de dizer o sim diante da juíza de paz. “Namoro há quatro anos e com três anos fui pedida em casamento, estou bastante ansiosa”, confessa a jovem. “Só é felicidade! Tenho certeza que encontrei o amor da minha vida, esse é um momento muito especial”, devolve o noivo Matheus da Silva Félix, duas vezes mais nervoso do que a noiva.
Graças a doação de terceiros, ninguém precisou gastar também um centavo com vestido de noiva ou terno. Isso porque a Sejus conta com um estoque de 160 peças, todas devidamente ajustadas e emprestadas para cada cerimônia. Para a realização dos ajustes, a pasta conta com a parceria do Serviço Nacional de Aprendizagem Comercial (Senac). O dia da prova para os modelos foram realizadas no início deste mês, no Museu da República. “Escolhi o meu modelo rapidinho e quando vesti fiquei bastante emocionada”, revela a autônoma Betina Meireles, 27 anos, que não conseguiu esconder as lágrimas por trás de bela maquiagem.
Maquiagem feita por uma das alunas do curso de maquiagem do Senac. Uma delas, a carioca Jessiane Dias, 31 anos, que também passou por uma prova de fogo como voluntária. E não foi no altar, mas diante do espelho. “Nunca tinha feito uma maquiagem profissional antes, essa foi a primeira e logo numa noiva”, confessa. “Fiquei feliz com o resultado e a noiva também”, sorri feliz.