Local funcionava em apartamento residencial de alto padrão no Lago Norte. Segundo investigação, suspeito estudou neurociência, na Austrália, e medicina, na Argentina
A Polícia Civil do Distrito Federal prendeu, nesta quarta-feira (26), um homem, de 29 anos, que montou um laboratório completo para produção de cogumelos alucinógenos e substâncias derivadas, como cápsulas e extratos. A prisão ocorreu após cinco meses de investigação.
O laboratório funcionava em um apartamento residencial de alto padrão no Lago Norte. Segundo a investigação, o preso estudou neurociência, na Austrália, e medicina, na Argentina.
Segundo os policiais, o suspeito criou a estrutura online para a venda em larga escala dos produtos em um website e em uma rede social. As substâncias eram comercializadas pela internet para o Brasil e o exterior.
De acordo com os investigadores, as drogas eram anunciadas de forma “profissional”, induzindo as pessoas ao consumo. No site, o autor fornecia o serviço online de calculadora, que prescrevia a dosagem adequada da substância a ser utilizada por cada indivíduo.
A forma de exposição das drogas na internet chamou a atenção da Polícia Civil, pela “ampla comercialização dos cogumelos e derivados e por trazer perigo à saúde pública ao disseminar desinformação para aliciar compradores”.
Apreensão
Durante as buscas no laboratório, foram apreendidos milhares de cápsulas e litros de produtos ilícitos, extratos vegetais e vários quilos dos cogumelos “in natura”.
Entre os cogumelos apreendidos, estão os que possuem substância altamente viciante e que causa graves danos à saúde física e mental. Eles eram vendidos tanto na forma natural quanto processados, em comprimidos e em tintura, para serem utilizados como florais.
Os policiais encontraram equipamentos modernos próprios da indústria farmacêutica, estufa e rotina de envase e distribuição. Além disso, encontraram produtos que poderiam causar um acidente de grandes proporções.
O homem foi indiciado pelos crimes de tráfico de drogas, vender e expor à venda substância e coisas nocivas à saúde, exercício ilegal da medicina, curandeirismo e incitação ao crime. As penas desses crimes podem chegar a 33 anos de prisão.
Fonte: G1