Corpo foi localizado dentro do veículo em chamas na DF-001, altura de São Sebastião. Polícia acredita que vítima seja professor Raphael Seiti Miura Monforte, de 36 anos; carteira e celular não foram levados
As testemunhas que encontraram o corpo de um homem carbonizado dentro do porta-malas de um carro, na DF-001, na região de São Sebastião, no Distrito Federal, detalharam o ocorrido. Um homem que preferiu não se identificar disse que presenciou o momento, quando passava pelo local com a família.
“Ele pedia socorro e a gente estava impossibilitado [de ajudar] por conta do calor e do fogo que tinha no carro. Foi triste porque eu presenciei ele colocando a mão para fora do porta-malas. O carro pegando muito fogo, estalando vidro, e a gente com medo de uma explosão mais forte”, conta.
O veículo foi localizado perto da penitenciária da Papuda, sentido Santa Maria. A Polícia Civil suspeita que o corpo seja de Raphael Seiti Miura Monforte, de 36 anos. Ele é diretor do Centro de Ensino Fundamental Miguel Arcanjo, escola pública da região de São Sebastião. O celular e a carteira dele foram encontrados no local.
Investigação
Os bombeiros foram chamados às 14h49 desta quarta para combater o fogo, mas já encontraram o carro destruído. A equipe precisou usar um pé de cabra para abrir o porta-malas.
Familiares contaram à polícia que Raphael saiu de casa, no Lago Sul, na manhã desta quarta-feira (7), para comprar um álbum de figurinhas da Copa do Mundo para os filhos, mas não retornou.
O carro incendiado está no nome do professor. “A gente suspeita que, realmente, seja dele, [o corpo] . Mas, certeza mesmo, só quando a perícia informar”, diz a delegada Cláudia Alcântara, inicialmente responsável pela investigação.
Segundo a delegada-chefe da 33ª DP, em Santa Maria, o corpo foi levado ao Instituto Médico Legal (IML), e a família, convocada a identificar a vítima.
Raphael aparece nas redes sociais como pai de dois filhos e diretor do CEF Miguel Arcanjo. No currículo dele, consta que o professor se formou em química pela Universidade de Brasília (UnB).
Um funcionário do colégio esteve no local onde o carro foi incendiado e confirmou que o veículo pertence ao colega. O vice-diretor da escola disse que, no local de trabalho, não havia nenhum tipo de divergência entre Raphael e qualquer outra pessoa.
“Uma pessoa super tranquila, todo mundo gosta dele. Se dá bem com todo mundo, e a escola é muito tranquila”, conta Waldemar Pereira.
Fonte: G1