Esta é segunda horta do local considerado um dos maiores parques urbanos do mundo e o maior da América Latina
Salsinha, alface, repolho, cebolinha… imensa é a variedade de folhas e hortaliças oferecidas na horta comunitária do Parque da Cidade Sarah Kubitschek, em Brasília. O local, considerado um dos maiores parques urbanos do mundo, e o maior da América Latina, já conta com uma plantação pública, mas ganhou novos canteiros nesta semana.
O segundo cultivo está localizado no Estacionamento 10, entre o lago e a pista de cooper. Ao todo, serão 16 canteiros com seis metros de comprimento cada. A produção será doada (saiba mais abaixo).
O administrador do Parque da Cidade, Carlos Bougleux, conta que a ideia do projeto-piloto surgiu com o intuito de ocupar áreas vazias com potencial de uso da comunidade e, devido ao sucesso, seguiu adiante.
“Recebemos muitos elogios e respostas positivas das pessoas sobre a primeira horta, então decidimos criar a segunda. Nosso objetivo é que todos os frequentadores do parque tenham a oportunidade de criar um laço com o espaço público”, afirma Bougleux.
Alimentos doados para instituições e frequentadores
Com cerca de 77 metros quadrados e 21 canteiros, a primeira horta comunitária do Parque da Cidade fica perto do Estacionamento 3, ao lado da administração e da academia ao ar livre. Desde o início do plantio, em julho deste ano, duas colheitas já foram distribuídas à população.
“Por se tratar de um projeto piloto, a primeira colheita foi realizada e distribuída entre os frequentadores do parque”, conta Carlos Bougleux.
As próximas colheitas das duas hortas serão divididas entre os frequentadores e seis instituições beneficentes, selecionadas pela Secretaria de Desenvolvimento Social (Sedes). Um terço dos alimentos será distribuído aos cidadãos e, o restante, às entidades.
Nutrição e qualidade de vida
Além do benefício de um alimento orgânico, a nutricionista Ana Paula Bianchi destaca que o cultivo proporciona lazer e, através do movimento de cuidado das plantas, auxilia na atividade física.
“Além disso, podemos citar a promoção da conscientização em adultos e crianças sobre os processos de plantio e os benefícios à saúde”, destaca a profissional.
Pela ótica da nutrição, manter uma alimentação saudável com consumo de produtos orgânicos e livres de agrotóxicos pode prevenir diversas doenças. “Câncer e outras desordens endócrinas, como, por exemplo, disfunções tireoidianas e infertilidade”, diz Ana Paula.
Como participar?
As sementes das duas hortas são doadas pela comunidade e encaminhadas a um viveiro parceiro, que produz as mudas.
“Recebemos as mudas prontinhas, gratuitamente. Depois, fazemos o plantio e a colheita com a ajuda das pessoas”, conta o assessor técnico da administração do Parque da Cidade, Hermes Mariano.
Para participar dos processos, como rega, plantio e colheita, basta entrar em contato com a administração do parque, presencialmente, ou pelas redes sociais. As pessoas interessadas irão dividir as tarefas com os funcionários e cinco reeducandos da Fundação de Amparo ao Trabalhador Preso (Funap).
A psicóloga Weslaine Souza, 53 anos, descobriu as hortas comunitárias durante um passeio com os cachorrinhos de estimação. Moradora da Asa Sul, ela conta que pretende separar um tempinho, pela manhã, para participar dos cuidados com a plantação.
“É uma iniciativa louvável, aumenta o contato das pessoas com a natureza. Acho, inclusive, que toda área pública poderia reservar um espaço para cultivo de hortaliças e compartilhar com a população local, seria muito interessante”, diz Weslaine.
Fonte: G1