Prisão em flagrante de Fernanda Gabriela Barbosa, de 26 anos, foi convertida em preventiva, ou seja, por tempo indeterminado. Ex-delegado da Polícia Civil e delator da operação teve corte superficial e recebeu alta do hospital
O Tribunal de Justiça do Distrito Federal e Territórios (TJDFT) decidiu, nesta terça-feira (20), manter a prisão de Fernanda Gabriela Barbosa, de 26 anos, detida em flagrante por esfaquear o marido, o ex-delegado da Polícia Civil do Distrito Federal e delator da operação “Caixa de Pandora”, Durval Barbosa. O caso ocorreu nesta segunda (20), no apartamento do casal, na Asa Sul.
A Justiça decidiu converter a prisão de Fernanda em preventiva, ou seja, por tempo indeterminado. A decisão diz o que o crime foi “gravíssimo” e que indica “alto grau de periculosidade” da suspeita.
“Trata-se de crime de tentativa de homicídio em que a autuada desferiu facada em região letal do corpo do autuado. Há notícia de que o autuado encontra-se debilitado após sofrer um AVC. A prática é gravíssima e indica o alto grau de periculosidade da autuada”, diz a sentença.
Fernanda foi indiciada por tentativa de homicídio. À TV Globo, a mãe da mulher contou que a filha não está bem psicologicamente desde abril e está em tratamento psiquiátrico “há meses” (veja mais abaixo).
Durval foi levado para o Hospital de Base (IHBDF) pela equipe do Corpo de Bombeiros. Ele teve apenas um corte superficial no abdômen e recebeu alta ainda na noite desta segunda-feira.
Em depoimento na 1ª Delegacia de Polícia, na Asa Sul, Fernanda afirmou que ela e Durval brigaram e que esfaqueou o marido para se defender. A mulher disse ainda que tinha usado cocaína. O exame toxicológico, que vai revelar se ela estava sob o efeito de alguma droga, sai em 30 dias. Por abranger a lei Maria da Penha, a investigação corre em sigilo.
Tratamento psiquiátrico
Rosa Cleonice de Jesus, mãe de Fernanda, afirmou que a filha faz tratamento psiquiátrico porque perdeu dois bebês e entrou em depressão pós-parto e depressão pós-luto. “Ela foi entrando em desespero e ficando cada dia pior”, disse.
Segundo Rosa Cleonice, foi Fernanda quem chamou a Polícia Militar. Logo depois, ela também teria ligado para a mãe.
“Ela ligou para mim desesperada, toda nervosa, e falou que tinha gente em casa querendo matar ela, que Durval falou que iam matar [a Fernanda]. Ela disse que ficou com tanto medo que pegou uma coisa de ponta fina, que nem sabia o que era, e perfurou a barriga dele”, afirmou a dona de casa.
Fonte: G1