Corpo de mulher que morreu após ser arremessada da plataforma superior da Rodoviária, em Brasília, é sepultado

Gisele-2.jpg

Gisele Boaventura Silva, de 54 anos, morreu após ser arremessada da plataforma superior da Rodoviária do Plano Piloto, em Brasília — Foto: Redes sociais/Reprodução

Gisele Boaventura Silva, de 54 anos, foi atingida por um carro, na manhã desta quarta-feira (6); outras seis pessoas ficaram feridas. Mulher morava em Taguatinga e deixa três filhos, dois netos e três irmãos

O corpo de Gisele Boaventura Silva, de 54 anos, foi sepultado na tarde desta quinta-feira (7), no Cemitério de Taguatinga, no Distrito Federal. A mulher morreu na quarta-feira (6), após ser atingida por um carro e arremessada da plataforma superior da Rodoviária do Plano Piloto, em Brasília.

No acidente, outras seis pessoas ficaram feridas (veja detalhes abaixo). Gisele morreu a caminho do trabalho.

Moradora de Taguatinga, ela era doméstica e trabalhava na casa de uma família no Lago Norte. Ela deixa três filhos, dois netos e três irmãos.

Antes do velório, em entrevista, nesta quinta-feira (7), a filha de Gisele, Débora Cassani, de 24 anos, contou que a mãe trabalhava muito para manter a família. “Muito trabalhadora, inclusive, ela morreu indo trabalhar”, disse.

Débora Cassani, filha mais nova de Gisele Boaventura Silva, mulher que morreu após ser arremessada da plataforma superior da Rodoviária, em Brasília — Foto: Reprodução TV

Um dos maiores sonhos de Gisele era fazer uma faculdade, como não pôde, fez de tudo para que os três filhos estudassem, segundo Débora. “Ela nunca desistiu da gente. Ela queria ver os filhos juntos. E batalhou para que todos os filhos dela estudassem”, contou.

A jovem lembra que a mãe teve uma vida muito sofrida e, quando completou 50 anos, dizia estar “na idade do sucesso dela”. “Era o momento mais feliz da vida dela”, disse a jovem.

“Eu sei que é uma fatalidade. Mas quem tem ideia de que não tá bem de saúde, que pode dar a qualquer momento mal súbito, que, por favor, não dirija, porque minha família agora está acabada”, afirmou Débora.

Atropelamento

Carro atinge parada de ônibus na plataforma superior da Rodoviária do Plano Piloto, em Brasília — Foto: Reprodução TV

A parada de ônibus onde as vítimas estavam fica bem próxima do muro de contenção da plataforma superior.

O motorista do carro foi identificado como Ronaldo Soares, de 54 anos, que mora em Valparaíso de Goiás. Segundo a Polícia Militar, ele passou por um teste do bafômetro, que não indicou alcoolemia. O homem estava desorientado e, aos bombeiros, a mulher dele disse que o marido dirigia o veículo quando teve uma convulsão.

A esposa — identificada como Tânia Carine de Sousa, de 36 anos — também afirmou que tentou assumir a direção do carro, mas não conseguiu. Testemunhas disseram que ela saiu do carro muito abalada, e tentou ajudar as demais vítimas.

Veja informações sobre as vítimas:

  • Uma bebê de 5 meses, que foi arremessada do colo da mãe, no momento da batida, teve uma fratura na tíbia e no pé. Ela foi liberada e levada para casa por um familiar;
  • A mãe da criança, de 40 anos, é a única que continuava internada no Hospital de Base nesta quinta (7). Ela ficou prensada entre o carro e a estrutura da parada, e teve fraturas na tíbia, fíbula e no fêmur da perna esquerda;
  • O motorista do carro, de 54 anos, apresentava um ferimento na testa e dor torácica;
  • A mulher dele, passageira do veículo, de 36 anos, também apresentava dor torácica. Depois da alta médica, os dois foram prestar depoimento na delegacia;
  • Um homem, de 38 anos, teve ferimentos leves ao ser atingido por uma estrutura de ferro. Também recebeu alta;
  • Outro homem, de 39 anos, teve ferimentos na cabeça, no nariz e fraturou a perna e já está em casa.

Fonte: G1

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

scroll to top