Começa a temporada de ipês, enchendo de cor e beleza todo o DF

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Foto: Joel Rodrigues/Agência Brasília

Árvore é considerada símbolo da capital federal, se destacando em meio à paisagem do período seco; em 2021, foram plantados pelo GDF 30 mil ipês de diferentes cores em todas as regiões administrativas

Chegou a época em que os brasilienses andam pelas ruas e os olhos se enchem de muita beleza e cor. Já é possível ver a floração dos ipês – atualmente, os roxos – e, mesmo que essas flores apareçam anualmente, não há como não se animar e fazer uma foto para registrar o momento.

O ipê-roxo é o primeiro que floresce no Distrito Federal, nos meses de junho e julho. De acordo com o diretor do Departamento de Parques e Jardins da Novacap, Raimundo Silva, em alguns casos, o ipê-roxo pode florir duas vezes no ano na mesma árvore, diferentemente dos demais.

Foto: Joel Rodrigues/Agência Brasília

“Além disso, ele é um dos que mais mantêm a florada, dura de 20 a 30 dias. O branco, por exemplo, dura de três a oito dias. É um período de fácil apreciação, pois existem cerca de 230 mil unidades no DF”, destaca Raimundo Silva.

A Novacap pretende plantar, ainda neste ano, mais 40 mil mudas de cores variadas. No ano passado, foram plantadas 30 mil. “As plantações ocorrem no período de chuva, de abril a outubro, de todas as espécies e em todas as regiões administrativas”, explica Raimundo Silva. Depois da floração do ipê roxo, vem a dos ipês-amarelos, em seguida dos brancos, depois verdes e, por fim, do ipê-rosa.

Para a professora Cristiane Vaz, os ipês são muito importantes, principalmente o ipê-amarelo, que floresce na época do seu aniversário. “Tenho um ipê tatuado nas minhas costas. Fiz a tatuagem quando eu passava por um momento muito delicado. Estava perdida e precisava descobrir de novo quem eu era”, conta.

Foto: Joel Rodrigues/Agência Brasília

“Amo ipês, especialmente os amarelos. O que acho mais lindo é que eles ficam lá o ano todo, passam até despercebidos. Mas quando o clima está no auge da seca, da poeira, e tudo fica ressecado e feio, eles explodem com muita cor e beleza”, ressalta Cristiane.

Beleza anual

Liliane Santos é servidora pública e trabalha na Esplanada dos Ministérios. De segunda a sexta, em seu horário de almoço, ela dá uma volta pela região para contemplar a chegada dos ipês. “Todos os dias saio para apreciar e, mesmo eles aparecendo todos os anos, fico encantada, como se nunca tivesse visto. O que mais gosto é o amarelo, sempre aparece um lindo perto da Rodoviária”, conta. Detalhe interessante é que a tela do celular de Liliane é uma foto de um ipê que ela tirou no ano passado.

O jornalista Sérgio Lopes também passa pela Esplanada dos Ministérios todos os dias e, ainda assim, ele para e tira foto de algum ipê que ache bonito. “No meio da seca nasce uma planta tão bonita. Isso chama muito minha atenção. Todos os anos eu faço o registro deles em meu celular”, comenta.

Um local que os brasilienses estão ansiosos para fotografar é a Estrada Parque Taguatinga (EPTG) e a pista do Jóquei Clube. Segundo o diretor do Departamento de Parques e Jardins da Novacap, as áreas, quando começarem a florir, serão bem atrativas.

“No ano passado plantamos três mil mudas na EPTG, por faixa de cores, e 1,5 mil na pista do Jóquei, que vão ficar áreas lindas. A EPTG, por exemplo, já está sendo chamada de ‘IpeTG’, por causa desse plantio feito lá”, ressalta Raimundo Silva.

Apesar da beleza das árvores, o diretor faz um alerta e pede para que as pessoas busquem orientação na Novacap antes de fazer um plantio em área pública. “Nesta época, todo mundo quer plantar um ipê. No entanto, o período não é ideal, é muito seco, é jogar muda fora. É necessário esperar o período de chuva”, esclarece.

Acredita-se que no próximo ano as árvores da EPTG e do Jóquei já estejam floridas, pois, conforme Raimundo Silva, os ipês demoram, em média, três anos para começar a florescer. Os amarelos, explica ele, são mais rápidos e costumam apresentar flores após dois anos de plantados.

“Outro alerta é em relação ao plantio em área pública, que precisa de orientação e autorização da Novacap, pois 90% das árvores que caíram são de plantios feitos sem autorização”, destaca o diretor.

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