Em entrevista ao Bom Dia DF, da TV Globo, na manhã desta sexta-feira (3), ele falou sobre criação de novo batalhão da PM perto da Praça dos Três Poderes. Delegado da Polícia Federal assumiu cargo após fim da intervenção federal por causa dos atos terroristas de 8 de janeiro
O novo secretário de Segurança Pública do Distrito Federal, Sandro Avelar, afirmou que atos golpistas como os registrados no dia 8 de janeiro, em Brasília, não ocorrerão novamente na capital. A declaração foi dada durante entrevista ao Bom Dia DF, da TV Globo, nesta sexta-feira (3).
O secretário citou que planeja a criação de um novo batalhão da Polícia Militar mais perto da Praça dos Três Poderes, na Esplanada dos Ministérios, para fazer a proteção da área.
Avelar disse que já existe um comando com efetivo de policiais militares, que fazem a segurança da região, juntamente com o Batalhão do Rio Branco, que atua na defesa dos diplomatas. Segundo o secretário, o objetivo é quase dobrar o efetivo na área.
“Nossa intenção é aumentar esse número. Nos próximos dias, a ideia é aumentar em cerca de 280 homens para quase 500, para que nós possamos reforçar a segurança da Esplanada e das áreas adjacentes”, disse o secretário.
Atos terroristas em Brasília
O novo secretário é delegado da Polícia Federal e assumiu o cargo após o fim da intervenção federal ocorrida na capital por causa dos atos terroristas de 8 de janeiro e a exoneração do ex-secretário, Anderson Torres, que está preso, por suspeita de omissão durante os atos. Avelar já ocupou o cargo durante o governo Agnelo Queiroz, de 2011 a 2014.
Questionado sobre a ação da Polícia Militar no dia dos ataques às sedes dos três poderes em Brasília, em 8 de janeiro, Avelar disse que “não dá para dizer que foi falta de comando”. Ele afirmou que os inquéritos sobre o caso vão apurar o que ocorreu.
“A Polícia Militar está acostumada a, inclusive, enfrentar situações piores que aquela, manifestações maiores que aquela. E a Polícia Militar sempre faz com muito conhecimento, com muita competência. Eu tenho muita tranquilidade de que isso não vai voltar acontecer”, afirmou.
“Aparentemente, a Polícia Militar tinha um número muito menor que o devido para conter a manifestação”, disse.
O secretário afirmou ainda que a falta do uso de unidades especializadas em fazer esse tipo de combate, como o Batalhão de Choque e a Cavalaria da PM, contribuiu muito para a ocorrência dos atos golpistas.
Avelar também foi questionado aobre a possível criação de uma Guarda Nacional, força específica do governo federal para fazer a proteção da Esplanada, já citada pelo ministro da Justiça, Flávio Dino. O secretário disse que, antes da criação de uma nova polícia, acredita que, “por todo o histórico da Polícia Militar, ela merece essa confiança”.
Déficit de pessoal
Sobre a segurança pública da capital de forma geral, Sandro Avelar elogiou a queda nos índices de violência dos últimos anos e disse que enxerga com alegria a redução. Segundo ele, os dados são fruto de um trabalho consistente e da “soma de esforços” das forças de seguranças.
Mas, o secretário reconheceu que há déficit de pessoal. Para solucionar o problema, ele falou sobre a realização de novos concursos públicos. No entanto, não deu detalhes.
Avelar também citou a importância do uso de tecnologia para suprir a carência de pessoal e disse que está tentando ampliar o número de policiais que fazem trabalho voluntário — hora extra.
Fonte: G1