Ocupação irregular começou na madrugada do último sábado (1º); PM usou bombas de gás para dispersar grupo. Segundo GDF, área está destinada a projeto habitacional para 400 pessoas com deficiência
O governo do Distrito Federal derrubou casas erguidas de forma precária em uma área pública no Setor de Indústrias de Ceilândia, nesta sexta-feira (7) . A ação envolveu a Secretaria DF Legal e a Polícia Militar, que usou bombas de gás e balas de borracha para dispersar as pessoas que ocuparam o terreno na QNR 6.
Segundo o GDF, a área foi invadida no último sábado (1º) e, desde então, a ocupação irregular era monitorada. Tratores e caminhões passaram por cima dos barracos erguidos no local.
Conforme o governo, o terreno pertence à Companhia de Desenvolvimento Habitacional (Codhab). Ele estaria destinado a um projeto habitacional para 400 pessoas com deficiência, que fazem parte de uma lista de espera por moradia (saiba mais abaixo).
A ação de derrubada começou na manhã desta sexta, e terminou por volta das 15h, com a retirada de todos os invasores, segundo o DF Legal. De acordo com a Secretaria de Segurança Pública (SSP-DF), “a PM atuou após um pequeno grupo resistir às tentativas de negociação, com fechamento de vias, queima de pneus e arremesso de pedras e outros objetos”.
“Para garantir a ordem pública e segurança dos envolvidos, foi necessário, em alguns momentos, o uso de instrumentos não letais (gás) por parte da Polícia Militar”, diz a Secretaria de Segurança.
Segundo o Corpo de Bombeiros, durante a operação três pessoas feridas foram atendidas pela corporação:
- L.A.R., 38 anos, vítima de queda: com dor de cabeça, consciente, orientado e estável, foi transportada para o Hospital Regional de Ceilândia (HRC)
- I.S.J., 40 anos, vítima de convulsão: consciente, orientada e estável, recusou transporte ao hospital
- F.A.V.,14 anos, vítima com luxação na perna: consciente, orientada e estável, foi levada para o Hospital Regional de Ceilândia (HRC)
Área destinada a projeto habitacional
Segundo a Codhab, a área invadida foi comprada pelo GDF, por meio de licitação, para construir, aproximadamente 2 mil unidades habitacionais. Desse total, 400 lotes urbanizados e adaptados servirão a pessoas com deficiência.
“Aqueles invasores que eventualmente estejam inscritos na lista da Codhab serão excluídos de qualquer programa habitacional do DF, conforme legislação própria”, diz a Companhia de Habitação.
Sobre a derrubada, a Codhab disse que “não será admitido em hipótese alguma a permanência desse grupo de invasores naquele local. A remoção é certa e inegociável”.
Fonte: G1